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Abertura dos mercados: Dia de queda nas bolsas, juros, petróleo e euro. Só dólar sobe
As principais praças europeias seguem no vermelho, assim como o petróleo e os juros que estão a negociar em queda. Também o euro e o ouro desvalorizam numa sessão em que o dólar é a grande excepção ao valorizar perante a expectativa de pistas sobre novo aumento dos juros nos Estados Unidos.
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Mercado em números
PSI-20 desce 0,23% para 5.436,02 pontos
Stoxx 600 perde 0,40% para 378,97 pontos
Nikkei subiu 0,21% para 21.970,81 pontos
Euro cede 0,11% para 1,2324 dólares
Juro das obrigações portuguesas a 10 anos recuam 0,6 pontos base para 2,040%
Brent em Londres cai 0,63% para 64,84 dólares
Bolsas europeias no vermelho na expectativa de resultados
As principais bolsas europeias abriram a sessão desta quarta-feira, 21 de Fevereiro, a transaccionar em terreno negativo, num dia que ficará novamente marcado pela apresentação de resultados por parte de algumas das principais cotadas do Velho Continente.
É o caso do banco britânico Lloyds que reportou os números relativos ao exercício financeiro de 2017, que ficaram abaixo das expectativas, sendo que também a Glencore apresentou resultados.
O índice de referência europeu Stoxx 600 segue a perder 0,40% para 378,97 pontos, pressionado em especial pelas perdas registadas pelos sectores automóvel e petrolífero. O português PSI-20 acompanha a tendência de quedas ao recuar 0,23% para 5.436,02 pontos, penalizado pelo BCP (-0,82% para 0,2912 euros), pela Mota-Engil (-0,91% para 3,81 euros) e pela Jerónimo Martins (-0,45% para 17,54 euros).
Juros aliviam de duas sessões seguidas a subir
No mercado secundário de dívida as taxas de juro associadas às obrigações estão a recuar para a generalidade dos países da Zona Euro. No caso das obrigações lusas, a "yield" a 10 anos cede 0,6 pontos base para 2,040%, no dia em que o IGCP vai realizar um duplo leilão de bilhetes do Tesouro.
Tendência partilhada pelos restantes países periféricos da moeda única, com as taxas de juro da dívida espanhola e italiana na maturidade a 10 anos a recuarem 1,3 e 1,1 pontos base para 1,518% e 2,058%, respectivamente. Já as "bunds" germânicas neste prazo caem 2,6 pontos base para 0,709%.
Euro em mínimos de uma semana face ao dólar
A moeda única europeia está a cair contra o dólar pelo segundo dia consecutivo, tendo já tocado esta manhã no valor mais baixo desde 14 de Fevereiro face à divisa norte-americana. Por sua vez, o dólar está em máximos de uma semana num cabaz que pede o desempenho da moeda norte-americana relativamente às principais divisas mundiais.
O aliviar da apreensão em relação ao défice orçamental dos Estados Unidos e a subida das obrigações no mercado obrigacionista tem contribuído para a valorização do dólar. No entanto, é a divulgação, esta quarta-feira, das actas relativas à última reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos e a perspectiva de pistas quanto ao momento para uma nova subida dos juros pelo banco central americano que mais contribui para a valorização do dólar.
Crude cai com perspectiva de aumento das reservas americanas
O preço do petróleo está a desvalorizar nos mercados internacionais numa altura em que o foco dos investidores se volta para a divulgação da evolução das reservas petrolíferas dos Estados Unidos. A Bloomberg escreve que as estimativas apontam para um aumento da produção petrolífera norte-americana de 3 milhões de barris na semana passada.
A confirmar-se este aumento, a produção americana poderá assim voltar a dificultar o plano da organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) que, em conjunto com a Rússia, mantêm cortes à produção numa tentativa de revalorização da matéria-prima.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, cai 0,63% para 64,84 dólares por barril, a segunda sessão seguida em queda. Já o West Texas Intermediate (WTI), que é transaccionado em Nova Iorque, cai 0,86% para 61,26 dólares.
Ouro cai pelo quarto dia para mínimo de 14 de Fevereiro
O metal precioso mantém a toada de desvalorização, penalizado pela evolução positiva do dólar nas últimas sessões. Depois de quatro dias consecutivos a cair, a matéria-prima está a perder valor também há quatro sessões, estando a negociar em mínimos de uma semana (14 de Fevereiro). O ouro está nesta altura a cair ténues 0,09% para 1.327,97 dólares a onça encaminhando-se para o maior ciclo de perdas de 2018, com a matéria-prima pressionada pela valorização do dólar que lhe retira atractividade enquanto activo de refúgio.