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Ackermann: Dívida soberana não pode mais ser considerada um activo sem risco
O CEO do Deutsche Bank considera que o risco da dívida soberana vai espalhar-se pela Europa e que "vai levar anos para que o sistema recupere". Josef Ackermann considera que estamos "bem avisados" e "preparados para um período prolongado de volatilidade e incerteza".
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Segundo o responsável, “a Europa está na linha da frente desses desenvolvimentos, mas considerando a dinâmica das dívidas, bem como os desenvolvimentos políticos e demográficos em alguns países, é apenas uma questão de tempo antes que essas considerações venham à tona também noutros”.
Ackermann considera que “vai levar anos para que o sistema” recupere deste “choque maciço” que teve início em 2007. “Vai levar anos para que o sistema se adapte à nova realidade”, sustentou, acrescentando que “estamos, por isso, bem avisados para esperar, e, mais importante, para nos prepararmos para um período prolongado de volatilidade e incerteza”.
Para as preocupações com a dívida soberana, o responsável apontou o facto de um acordo em cortar o défice orçamental dos EUA estar “longe de ser certo”.
A Europa e os EUA “tiveram o seu lugar ao sol” durante centenas de anos e a ascensão das economias emergentes, como a China e o Brasil, bem como dos seus bancos, deve ser um “sinal de alerta” para aumentar a competitividade, concluiu.