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Bolsa nacional perde 3,5% para mínimos de um ano
16 cotadas a cair mais de 2% estão a ditar o desempenho da bolsa nacional, que segue no valor mais baixo desde Agosto do ano passado. BPI e BCP perdem mais de 4% enquanto o BES afunda quase 8%.
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Quatro sessões no vermelho. Três com quedas superiores a 3%. O PSI-20 continua a acentuar as perdas da abertura, seguindo com uma desvalorização de 3,49% para 5.770,78 pontos, o valor mais baixo desde Agosto do ano passado. Das 19 cotadas que compõem o índice desde a expulsão da ESFG, apenas uma está em alta, a Teixeira Duarte, e 16 perdem mais de 2%.
A praça portuguesa acompanha a tendência negativa das congéneres europeias, sendo, contudo, a mais penalizada, num altura em que o índice de referência para a Europa, o Stoxx600 desliza 0,73%.
O sector da banca é um dos que mais pressiona o principal índice português, com destaque para o BES, que desliza 7,96% para 0,185 euros, depois da queda histórica de 42% registada na sessão de ontem.
Esta sexta-feira, o Negócios escreve que as autoridades estão a trabalhar numa solução mista para capitalizar o banco. O Banco de Portugal "considera desejável" que o Banco Espírito Santo aumente o seu capital apenas com recurso ao mercado, mas está já a trabalhar numa solução que junte a participação conjunta de fundos públicos e privados. Isto apesar de a equipa de gestão do BES, liderada por Vítor Bento, estar a desenvolver todos os esforços para repor o seu nível de solidez exclusivamente com a intervenção de investidores privados.
Já o BPI cai 4,78% para 1,435 euros, o BCP recua 4,38% para 0,1025 euros e o Banif deprecia 1,11% para 0,0089 euros depois de ontem ter apresentado um prejuízo de 97,7 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.
Também no sector da energia as perdas são expressivas, estando a EDP Renováveis a cair 3,68% para 5,074 euros, a Galp Energia a recuar 3,17% para 12,84 euros e a REN a perder 1,60% para 2,59 euros. Já a EDP desliza 3,88% para 3,367 euros depois de, ontem, ter apresentado os resultados do primeiro semestre do ano.
A eléctrica obteve resultados líquidos de 673 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, num período em que os custos operacionais baixaram 24%. A actividade da companhia em Portugal e Espanha é responsável pela fatia de leão do EBITDA: 875 milhões de euros.
Também as telecomunicações seguem em queda, com destaque para a Portugal Telecom, que desvaloriza 4,46% para 1,541 euros, enquanto a sua congénere, a Nos cede 2,15% para 4,366 euros.
No retalho, a Jerónimo Martins perde 2,92% para 9,485 euros, um mínimo de Setembro de 2010 e a Sonae desliza 3,20% para 1,088 euros.
Só a Teixeira Duarte segue em terreno positivo, com um ganho ligeiro de 0,12% para 0,803 euros.