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Bolsa nacional perde 9,4 mil milhões após descida de 16% em oito dias
Há oito sessões consecutivas que a bolsa nacional negoceia em terreno negativo. Acumula uma queda de 15,84% e um prejuízo de 9,38 mil milhões de euros.
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Só a bolsa grega e italiana acumulam uma desvalorização superior à portuguesa desde o início de Janeiro de 2011.
No total, nas últimas oito sessões, o mercado português acumula uma desvalorização de 15,85% e um prejuízo de 9,38 mil milhões de euros, ou seja, em média, mais de 1,17 mil milhões de euros por dia.
O desempenho negativo da bolsa nacional não é um caso isolado. A maioria dos mercados mundiais regista fortes quedas, numa altura em que o pessimismo e os receios face ao desempenho da economia global tomaram contas dos investidores.
As quedas dos mercados bolsistas acentuaram-se nos últimos dois dias, em reacção ao corte de rating do Estados Unidos. A S&P baixou a avaliação da dívida dos Estados Unidos de AAA para AA+ e admitiu novos cortes.
Esta decisão, aliada ao agravamento da dívida soberana na Europa, precipitou, este fim-de-semana, várias reuniões de emergência do G7, G20 e do Banco Central Europeu. O banco central da Zona Euro foi mesmo forçado a intervir no mercado secundário para comprar dívida italiana e espanhola.
Este passo não foi, no entanto, suficiente para devolver a confiança aos investidores, o que é visível nas fortes quedas que se registam nas bolsas de todo o mundo.
A bolsa nacional não escapa a esta onde de pessimismo e chegou mesmo a perder perto de 5% na sessão de hoje. Agora segue a cair mais de 3%, com a Galp Energia a desvalorizar 7,78%, a Zon Multimédia a cair 5,31% e o Banif a perder 4,78%.
À excepção do BCP, que hoje está a reagir em alta ao possível interesse do BNP Paribas, todos os títulos do PSI20 negoceiam no vermelho. O Banco de Portugal adiantou hoje que o banco francês não apresentou proposta para comprar o BCP, mas não negou que tivesse sido contactado nesse sentido.