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Bolsa segue fortes quedas mundiais e fecha a perder mais de 1%
A bolsa nacional não escapou ao sentimento negativo que vivem hoje as principais praças mundiais e fechou a perder mais de 1%. O Banco Comercial Português chegou a disparar mais de 3% durante a sessão, mas acabou por ser contagiado pelos receios com a cri
A bolsa nacional não escapou ao sentimento negativo que vivem hoje as principais praças mundiais e fechou a perder mais de 1%. O Banco Comercial Português, chegou a disparar mais de 3% durante a sessão, mas acabou por ser contagiado pelos receios com a crise no mercado de crédito hipotecário de alto risco. Galp Energia, Brisa e PTM destacaram-se pela positiva.
O principal índice da bolsa nacional fechou nos 13.245,81 pontos com 16 acções em queda, uma inalteradas e três a subir. A crise no mercado de crédito hipotecário de alto risco nos Estados Unidos tem prejudicado, nas últimas sessões a performance bolsista dos bancos em todo o mundo.
O anúncio feito hoje pelo BCE de que injectou 94,8 mil milhões de euros no sistema financeiro, devido à escassez de liquidez no mercado, que está a ser provocada pela crise no mercado de crédito hipotecário nos Estados Unidos veio acentuar ainda mais as preocupações já existentes.
A crise no "subprime" já dura há semanas, e hoje acentuou-se. O BNP congelou, suspendendo os resgastes, três fundos que investem no mercado hipotecário, alegando que os activos estão, neste momento, subavaliados. O anúncio levou os títulos da banca a desvalorizarem. O BNP já caiu mais de 6%, na sessão de hoje, na praça francesa, registando a maior queda em quatro anos. As bolsas europeias registaram, assim, desvalorizações entre os 1% e os 2%.
Por cá, o BCP até começou por escapar ao sentimento negativo ajudando o PSI-20 a subir com uma valorização superior a 3%.
No entanto, começou a moderar os ganhos, e no final da sessão não resistiu, fechando a perder 0,78% para os 3,82 euros. O banco foi, aliás, o título que mais pressionou o PSI-20.
O Banco BPI [bpin] escorregou 0,9% para os 6,58 euros enquanto o Banco Espírito Santo [besnn] foi o mais afectado ao afundar 3,05% para fechar nos 16,19 euros.
A Portugal Telecom [ptc] também não escapou à onda negativa e encerrou com uma desvalorização de 1,77% para os dez euros, ao contrário da sua participada, a PT Multimédia [ptm], que disparou 2,18% para os 12,20 euros depois de ter apresentado os resultados semestrais e a Cinveste SGPS, holding de Luis Silva, ter reforçado a participação na empresa para cerca de 4%.
Notícia de última hora leva Galp a disparar mais de 1%
Um dia depois da Galp ter anunciado que vai entrar em força no mercado de electricidade, o outro "peso pesado" da bolsa nacional, a Energias de Portugal [edp], seguiu a tendência dos restantes com uma queda de 1,44% para os 4,12 euros.
Já a petrolífera, que chegou a perder mais de 1% durante a sessão, foi no final da mesma animada pelo facto da ter sido divulgado que o consórcio do qual faz parte, fez uma descoberta "significativa" de petróleo no Bloco 14 em Angola. A Galp [galp pl] fechou, assim, a subir 1,68%.
O outro título a valorizar foi a Brisa [brisa], que beneficiou do anúncio da convocação de uma assembleia geral para alargar o conselho de administração para que este passe a integrar um membro da Babcock & Brown e outro da Cinveste, ambas as empresas accionistas da concessionária, com mais de 10% e mais de 5% do seu capital, respectivamente.
"Acredito que está a haver um switch dos investidores para um sector mais defensivo e que negoceia hoje em alta, numa altura em que o mercado accionista tem sido muito penalizado pelos riscos associados ao crédito imobiliário nos EUA", disse uma operadora à Reuters.