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BPI sobe em bolsa após declarações do Caixabank e antes de resultados

Banco de Fernando Ulrich apresenta amanhã contas do primeiro trimestre, com os analistas a aguardarem um regresso aos lucros. O maior accionista assinalou hoje que pretende estreitar os laços com o BPI.

Negócios negocios@negocios.pt 19 de Abril de 2012 às 16:50
As acções do Banco BPI registaram uma valorização máxima de 3,49%, depois do maior accionista do banco ter revelado confiança no BPI e na véspera da apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

As acções fecharam com um ganho mais contido, de 1,5% para 0,407 euros. No acumulado do ano registam uma perda de 15,38%.

Os responsáveis do Caixabank, instituição financeira espanhola que detém 30,% do banco português, assinalaram hoje que estão no capital do BPI com uma perspectiva de longo prazo, destacando que "em breve" vão "estreitar" os laços com a entidade portuguesa.

Questionados pela Lusa sobre a situação do banco português, tanto Isidro Fainé, presidente, como Juan María Nin, vice-presidente executivo e conselheiro delegado da entidade espanhola, afirmaram que a sua presença no BPI é "a longo prazo".

"Não temos uma visão de curto prazo, mas sim de investidores sérios e a longo prazo, empenhados em ajudar a construir o BPI", disse Juan María Nin.

"Os nossos vínculos ao BPI vão-se estreitar mais e assim o demonstraremos em breve", disse, escusando-se a avançar pormenores.

Regresso aos lucros

A valorização do BPI na sessão de hoje reflecte também os resultados que o banco vai apresentar amanhã, depois do fecho da sessão. Segundo as previsões do CaixaBI, o resultado líquido do banco liderado por Fernando Ulrich deverá saldar-se em 65,2 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa um crescimento de 44% em termos homólogos.

A margem financeira “deverá sofrer o impacto do processo de redução da carteira de crédito”, prevê o analista André Rodrigues, que antecipa uma redução dos empréstimos de 4,58% em termos homólogos. “Por outro lado, a pressão sobre os bancos deverá ter diminuído nos últimos meses em consequência das operações de refinanciamento promovidas pelo BCE em Fevereiro e Dezembro”, lê-se na nota de investimento a que o Negócios teve acesso.

Os investidores e accionistas aguardam também com expectativa a divulgação do plano de recapitalização do banco, sendo que Fernando Ulrich poderá revelar novidades na conferência de imprensa agendada para amanhã à tarde.

Segundo os cálculos do Caixa BI, o banco ficará com carências de capital no valor de 1,6 mil milhões de euros para atingir o rácio de 9%. Para cumprir o rácio de 10%, que a EBA exige a partir do final de Junho, faltarão ainda outros 460 milhões, diz o Caixa BI.

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