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Do IGCP para os CTT, os certificados de aforro levaram a uma burla de 981 mil euros
Primeiro foram ao IGCP, depois aos CTT. Ficaram com 981 mil euros resgatados de um certificado de aforro. Compraram uma casa e fizeram aplicações em nomes de familiares. Estão agora indiciados de burla qualificada e branqueamento de capitais.
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Esta história começa com uma morte. Em seguida, é forjada uma procuração em nome do falecido. Duas pessoas, um homem e uma mulher, usam a falsa procuração. Junto do IGCP, a agência que gere a dívida pública, pedem segundas vias dos certificados de aforro em nome do indivíduo já falecido. E é aqui que conseguem dinheiro que, segundo a justiça, não lhes pertence.
Com as segundas vias, vão aos CTT resgatar os certificados de aforro. Conseguem. Recebem 981.291,89 euros. Tudo é relatado numa nota de imprensa publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
Com o dinheiro obtido, e "visando esconder a origem do montante em causa, os arguidos adquiriram um imóvel, em nome do filho menor". Não só: segundo a nota, também houve transferências de dinheiro. Foram, igualmente, realizadas aplicações em instrumentos financeiros "em nome de outros familiares".
Segundo a PGDL, estes factos, que levaram a um primeiro interrogatório judicial esta quinta-feira 15 de Setembro, configuram indícios dos crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais.
"Os arguidos ficaram sujeitos às medidas de coacção de obrigação de apresentação periódica às autoridades policiais e proibição de se ausentarem do país, por se verificarem os perigos de fuga e de continuação da actividade criminosa", assinala ainda o mesmo comunicado, que indica que a investigação está a correr na 8ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa juntamente com a Polícia Judiciária.
(Título corrigido às 21:20)