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Euribor não caem há 22 sessões à espera de novo aumento de juros

As taxas interbancárias continuam a renovar máximos do início de 2009, depois de vários membros do BCE terem sugerido um aumento da taxa de juro de referência. Taxa a 12 meses ultrapassou já os 2,1%.

Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 14 de Abril de 2011 às 10:54
As taxas Euribor continuam a sua subida e há 22 sessões que não caem. A excepção é a maturidade a 12 meses, que não desce há 20 sessões. Todas estão em máximos do início de 2009 e a tendência tem sido sempre de aumento. Depois da passagem da taxa de juro de referência para a Zona Euro de 1% para 1,25%, a expectativa é de novas subidas.

Quando anunciou a alteração do custo do dinheiro, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, avisou que esta não era necessariamente o primeiro passo de um ciclo de aumentos do juro, mesmo apesar de a inflação estar acima de 2%, a meta definida pela autoridade europeia.

Mas, desde aí, vários membros do BCE têm vindo a público referir que já não se adequam taxas de juro baixas por serem acomodatícias. Ontem, Jüergen Stark considerou que o custo do dinheiro deve continuar a ser aumentado e defendeu também que o maior obstáculo a um novo avanço, a fraqueza de alguns estados-membros como Portugal, não justifica a manutenção da taxa a um nível reduzido.

Hoje, Lorenzo Bini Smaghi disse que os motivos que levaram ao mínimo histórico da taxa de juro já não existem, seja ou a recessão de 2009 ou os riscos com a deflação.

Como a expectativa é de que nas próximas reuniões do BCE os juros sejam aumentados, as taxas Euribor têm somado ganhos, já que evoluem consoante o custo do dinheiro. Por isso, continuam a renovar máximos de 2009.

A taxa interbancária a três meses somou 0,5 pontos base para 1,332%, enquanto a maturidade a seis meses ganhou 0,3 pontos base para 1,629%. A primeira está em máximos de Junho de 2009, a segunda de Abril do mesmo ano.

As Euribor com prazos mais alargados, nove e 12 meses, tocaram em máximos de Março e Fevereiro de 2009, respectivamente. A 12 meses a subida foi de 0,3 pontos base para 2,102%, ultrapassando a barreira dos 2,1%, ao passo que a nove meses ganhou 0,4 pontos baase para 1,876%.

A maturidade mais curta, a um mês, alcançou os 1,156% a crescer 0,7 pontos base.

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