A moeda europeia mantém-se próximo do máximo histórico atingido na sessão de ontem e superou já, pela segunda vez, a barreira dos 1,60 dólares, impulsionada pela expectativa de um aumento no preço do dinheiro na Zona Euro, ao mesmo tempo que se perspectivam novas descidas de juros nos EUA.

O euro [eur] seguia a cotar nos 1,5974 dólares, a perder 0,1%, depois de ter avançado para 1,6002 dólares durante a sessão. Ontem a moeda única europeia atingiu uma nova marca histórica ao superar a fasquia dos 1,60 dólares para cotar nos 1,6018 dólares, a beneficiar da expectativa dos investidores quanto a um aumento de juros por parte do BCE.

Ontem, Christian Noyer, membro do Conselho de Governadores do BCE admitiu que a autoridade monetária da Zona Euro irá actuar para travar a inflação se esta não abrandar no próximo ano, declarações que sugerem que o BCE poderá aumentar a taxa de juro de referência como medida para travar a subida dos preços.

Estas declarações levaram os investidores a apostar na valorização do euro, nomeadamente contra o dólar, isto porque o mercado acredita num novo ajuste em baixa dos juros nos EUA, o que iria aumentar o diferencial de juros entre as duas economias, em benefício da divisa europeia.

A suportar a perspectiva de corte de juros nos EUA está o dado revelado ontem, sobre o sector imobiliários. As vendas de casas usadas cairam 2%.