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Mota-Engil dispara 6% com novos mercados e "ambicioso" plano estratégico
As acções da construtora liderada por Jorge Coelho estão a negociar em forte alta depois de anunciado o novo plano estratégico da Mota-Engil. Com a entrada em novos países na América Latina e em África, a empresa pretende receitas 45% mais elevadas e um EBITDA 50% mais alto do que em 2011.
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Os títulos da construtora seguem a valorizar-se 6,30% para os 1,148 euros por acção, o preço por acção mais alto desde 5 de Maio. A empresa tem estado desde o início da sessão a ganhar sempre mais de 4,5%.
Já foram negociadas mais de 180 mil acções da empresa numa hora de sessão, superior à média por sessão dos últimos seis meses de 162 mil títulos.
A impulsionar a cotada está o novo plano estratégico para 2015. A Mota-Engil pretende entrar em novos países na África Austral e na América Latina, para além dos 19 mercados em que já está.
A intensificação da internacionalização irá ajudar a empresa a cumprir os novos objectivos traçados no plano estratégico. O grupo quer registar um crescimento de 45% do volume de negócios face ao ano passado, chegando aos 3,15 mil milhões de euros. O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) deverá crescer, segundo a empresa, 53%.
Previsões "ambiciosas" e "optimistas"
“A Mota-Engil apresentou algumas previsões ambiciosas para as vendas e EBITDA, que estão bastante acima das nossas actuais estimativas”, classifica a casa de investimento do BPI na nota de “research” diária.
Já José Mota Freitas, especialista do CaixaBI, acredita que os objectivos são “optimistas”, embora sejam um “bom indicador das perspectivas da Mota-Engil”.
“O impacto positivo das ambições estratégicas anunciadas compensa o efeito ligeiramente negativo que os resultados abaixo das estimativas poderiam ter no título”, indica o analista do CaixaBI.
A construtora lucrou 18,3 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2012, o que reflecte uma subida de perto de 17% em termos homólogos, segundo o anúncio feito na sexta-feira passada. Contudo, os números ficaram aquém do que era esperado pelas duas casas de investimento, pelo que estarão a ser compensados pelo novo plano estratégico.