Notícia
Promotora do BCP assinou acordos com Governo angolano na viagem de Sócrates
A Edifícios Atlântico, promotora imobiliária que numa primeira fase comprou as acções do BCP às "off-shore" e depois as passou à Comercial Imobiliária (CI), foi uma das empresas que acompanhou José Sócrates na sua última visita oficial a Angola, assinando
A Edifícios Atlântico, promotora imobiliária que numa primeira fase comprou as acções do BCP às "off-shore" e depois as passou à Comercial Imobiliária (CI), foi uma das empresas que acompanhou José Sócrates na sua última visita oficial a Angola, assinando nesse contexto um acordo com o Ministério das Obras Públicas Angolano.
Na última visita oficial do primeiro-ministro português a Angola, em Abril de 2006, foram assinados oito acordos empresariais durante o Fórum de Negócios. Um deles foi precisamente o que envolveu a Edifícios Atlântico e o Ministério das Obras Públicas angolano para "a requalificação e ordenamento urbano da zona da marginal de Luanda".
Perdas disfarçadas com negócio em Angola
O Jornal de Negócios online avançou ontem que o BCP usou uma sociedade imobiliária controlada pelo próprio banco – a Comercial Imobiliária – para esconder as perdas decorrentes da utilização irregular de sociedades "off-shores" para financiar a compra de acções próprias, feita pela instituição na altura em que o seu presidente era Jorge Jardim Gonçalves.
Ao que o Jornal de Negócios apurou, a CI criada no final dos anos 80 e através da qual o BCP está a participar no projecto de reconstrução angolano, adquiriu os títulos do banco que eram detidos pelas "off-shores", por forma a permitir a liquidação daqueles veículos.
Esta transacção gerou perdas que ultrapassarão os 200 milhões de euros, que terão sido disfarçadas através da reavaliação do projecto imobiliário em curso na capital angolana e que ainda não estão completamente reflectidas nas contas do banco.