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Santander sobe avaliação das acções da Sonaecom e Zon Multimédia
Banco de investimento estima que, no curto prazo, a Sonaecom terá um comportamento em bolsa superior ao registado pela Zon.
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Depois da proposta de fusão entre a Optimus e a Zon, avançada pela Sonaecom e Isabel dos Santos, a unidade de "research" do Santander elevou de 50% para 75% a probabilidade deste cenário vir a concretizar-se.
Em resultado do acordo, o Santander reviu também em alta as avaliações das acções das duas empresas cotadas. O preço-alvo da Zon melhorou de 2,73 euros para 2,85 euros, enquanto a avaliação da Sonaecom subiu de 1,81 euros para 1,89 euros.
A recomendação para a Zon é de "manter" e a da Sonaecom é de "comprar", sendo que o Santander estima que, "dado que não foi avançado nenhum valor de referência para o negócio", a Sonaecom apresente em bolsa um comportamento superior ao da Zon no curto prazo. Tendo em conta a cotação de sexta-feira da Zon, o Santander refere que a cotação da Sonaecom deveria estar em 1,84 euros.
Para a Sonaecom o Santander alerta que poderá ser aplicado no mercado um desconto de "holding" (em conjunto com Isabel dos Santos passará a controlar 51% da empresa resultante da fusão). "Mas a Sonaecom terá um papel chave na nova empresa, pelo que acreditamos que o desconto de 'holding' será muito menor depois de concluída a fusão", referem os analistas do banco de investimento.
O Santander avalia ainda os potenciais entraves à operação, que passam pela exigência do lançamento de uma OPA e pela não aprovação da operação por parte dos accionistas da Zon, o que "parece pouco provável".
Quanto às questões regulatórias, o Santander não vê que sejam levantados problemas, já que a operação não terá irá alterar de forma substancial o mercado de telecomunicações em Portugal.
As acções da Zon sobem 7,07% para 3,013 euros e os títulos da Sonaecom avançam 4,23% para 1,601 euros.