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UBS corta preço-alvo da Impresa em mais de 13% para 5,20 euros

O banco de investimento suíço UBS reviu em baixa a avaliação para as acções da Impresa dos 6,00 para os 5,20 euros, baixando também em 23% as estimativas de lucros para o período de 2006 a 2008. Além do Mundial de futebol, a UBS não encontra catalizadores

Pedro Carvalho pc@mediafin.pt 19 de Maio de 2006 às 10:06

O banco de investimento suíço UBS reviu em baixa a avaliação para as acções da Impresa dos 6,00 para os 5,20 euros, baixando também em 23% as estimativas de lucros para o período de 2006 a 2008. Além do Mundial de futebol, a UBS não encontra catalizadores de curto prazo para o título.

Num estudo publicado hoje, os analistas Ignacio Carvajal e Pedro Baptista alteraram as suas previsões para as acções da Impresa [IPR], na sequência dos resultados trimestrais e de 2005.

O banco helvético manteve a recomendação de «neutral» para o título, mas baixou o «target» para os 5,20 euros, face aos anteriores 6,00 euros.

Os lucros do grupo Impresa caíram 95% no primeiro trimestre deste ano, passando de 3,3 milhões de euros no período homólogo para 166 mil euros.

Para o período de 2006 a 2008, a UBS baixou as previsões para o lucro por acção (EPS) em cerca de 23%, justificando com «a fraca perspectiva em termos dos canais de sinal aberto, bem como a menor circulação das revistas e dos jornais» do grupo liderado por Francisco Pinto Balsemão.

A cadeia de televisão SIC é o activo mais valioso do grupo Impresa, e na imprensa controla títulos como o semanário «Expresso» e a revista «Visão».

Desde o mês de Abril, as acções da Impresa registaram uma queda de 13% e a UBS diz que «é difícil encontrar catalizadores para o papel para o curto prazo, a não ser um possível ‘momentum’ durante a fase final do Mundial de futebol» que se vai realizar na Alemanha e, possivelmente, o festival de música Rock-in-Rio que arranca no final deste mês.

A SIC garantiu os direitos de transmissão em Portugal dos jogos do Mundial de futebol.

A concorrência das telenovelas da TVI (do grupo Media Capital) e do futebol na RTP (televisão estatal) impediram que a SIC tivesse recuperado as audiências em Maio e os analistas da UBS dizem que o «target» de conseguir uma quota de 27% vai ser difícil de cumprir.

Em Abril, o nível de audiências da SIC quedou-se em 23,9%, atrás da RTP.

As acções da Impresa negociavam em queda de 0,21% para os 4,73 euros.

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