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UBS diz que acções do BES têm desconto de 30%

A forte queda das acções deixou o BES a negociar abaixo do valor dos activos. O UBS recomenda "comprar", aquele que é o seu banco "preferido"

Paulo Moutinho 26 de Abril de 2010 às 00:01
A forte queda das acções deixou o BES a negociar abaixo do valor dos activos. O UBS recomenda "comprar", aquele que é o seu banco "preferido"

O BES está a desconto face aos concorrentes nacionais e face ao restante sector da Europa. A conclusão é do UBS, que afirma que a forte queda das acções deixou o banco liderado por Ricardo Salgado a negociar abaixo do valor dos activos. Este é um dos motivos que levam o UBS a recomendar "comprar" títulos do BES.

Desde o início do ano, o BES é o mais castigado do sector, em Portugal. Acumula uma queda de 20,81%, sendo esta a terceira desvalorização mais acentuada entre as cotadas do PSI-20. Tem o quinto pior registo do STOXX Banks, logo atrás dos títulos financeiros da Grécia, fortemente penalizados pelos crescentes receios dos investidores quanto à situação das contas públicas daquele país.

Este mau desempenho, que foi acompanhado pelo BCP e BPI "dadas as preocupações sobre a economia e o aumento do risco do país", vem suportar a preferência do UBS pelo BES. "Continua a ser o nosso preferido entre os pares nacionais, depois da forte queda recente", refere o analista Ignacio Sanz, num "research" a que o Negócios teve acesso. "Em termos de avaliação, o BES está a negociar a 0,8 vezes o valor dos activos estimados para 2010", destaca o banco. Ou seja, as acções não estão a reflectir correctamente o valor da instituição liderada por Ricardo Salgado que, assim, está a "desconto de cerca de 30% face aos pares da Europa, e também ao BCP e BPI", conclui o UBS. O BCP e o BPI transaccionam a 1,1 vezes e 1,05 vezes os seus activos.

Neste contexto, e dado o potencial de subida de 46% face ao preço-alvo de 5,30 euros, a recomendação do UBS é de "comprar" acções do BES. A visão positiva reflecte também o facto do banco ter um "balanço forte e baixas necessidades de financiamento, que deverão permitir níveis superiores de rentabilidade dos capitais próprios no mercado doméstico".

O BES deverá, assim, conseguir "ganhar quota de mercado a pares mais fracos", e a aumentar os resultados. As contas dos primeiros três meses são conhecidas na próxima semana, sendo que o UBS prevê lucros de 78,9 milhões. O BCP deverá chegar aos 79 milhões. Ambos obtêm quase o dobro dos resultados líquidos do BPI que fechou o trimestre com 45,1 milhões, uma quebra de quase 10%.

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