Os preços do petróleo têm estado a negociar em mínimos de 12 anos, ainda assim as baixas cotações da matéria-prima não estão a reflectir-se no crescimento da economia. Uma situação que, na opinião do Fundo Monetário Internacional (FMI), poderá ser justificada pela adopção de políticas monetárias pouco ortodoxas implementadas por parte dos bancos centrais mundiais.
O FMI refere que deverá baixar as suas previsões para um crescimento global de 3,4% no próximo mês, sendo o facto das baixas cotações do petróleo não estarem a chegar à economia apontado como uma das razões para esta revisão em baixa, segundo uma notícia do Financial Times.
Num ‘post’ citado pelo jornal britânico, os economistas do FMI adiantam que o ambiente de baixo crescimento económico e as baixas taxas de juro, alguns casos até negativas, impostas pelos bancos centrais nas maiores economias nos últimos anos, minaram o que deveria ser um impacto positivo dos preços baixos do petróleo.
Os especialistas argumentam mesmo que o mundo poderá precisar de preços do petróleo e taxas de juro mais elevados para promover um crescimento económico mais vigoroso.
"Paradoxalmente, os benefícios globais dos baixos preços vão provavelmente aparecer apenas depois dos preços recuperarem e as economias desenvolvidas terem feito mais progressos no que diz respeito ao ambiente de baixas taxas de juro", remata Maurice Obstfeld, economista-chefe do fundo.
O petróleo segue a negociar abaixo dos 40 dólares por barril nos mercados internacionais, mas a matéria-prima já chegou a quebrar a fasquia dos 30 dólares este ano.
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