Um avião das linhas aéreas da Malásia, com 295 pessoas a bordo, caiu, esta quinta-feira, 17 de Julho, na Ucrânia, na região de Donetsk, onde as tropas ucranianas combatem os separatistas pró-russos. O novo Governo de Kiev classificou este incidente como um acto de terrorismo e a hipótese deste aparelho ter sido abatido por um míssil terra-ar está a ganhar força.

Ontem à noite, os serviços secretos norte-americanos sinalizaram que "acreditam fortemente" que o Boeing 777 malaio foi abatido por um míssil terra-ar e estão a examinar os dados a fim de determinar se o míssil foi disparado pelos separatistas pró-russos da Ucrânia, soldados russos do outro lado da fronteira ou forças governamentais ucranianas.

Por outro lado, também ontem Israel ordenou uma ofensiva terrestre sobre a Faixa de Gaza. O objectivo desta operação, que surge depois de vários dias de ataques aéreos, é responder aos ataques do Hamas.

Estes dois focos de tensão geopolítica estão a determinar a evolução dos mercados esta sexta-feira. Os principais índices asiáticos estão no vermelho. O MSCI Ásia Pacífico desliza 0,5% e o nipónico Nikkei encerrou a descer 1,01% e o Topix recuou 0,79%.

Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate soma 0,40% para 103,60 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações portuguesas, avança 0,29% para 108,20 dólares por barril.

O euro está a perder terreno face à divisa norte-americana, perdendo 0,03% para 1,3523 dólares. Por outro lado, o iene - a divisa japonesa - tocou no nível mais elevado contra o euro desde Fevereiro uma vez que os investidores estão a procurar activos de refúgio depois da queda do avião das linhas aéreas da Malásia