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Contas das empresas dão fôlego aos mercados europeus
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
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Contas das empresas dão fôlego aos mercados europeus
Os principais índices europeus fecharam a sessão em terreno positivo, com os investidores a reagirem aos bons resultados das empresas, face à incerteza do que será o caminho a seguir pelos bancos centrais.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, subiu 0,23% para 458,19 pontos. A liderar os ganhos estiveram o setor do petróleo e gás, numa altura em que crude segue a valorizar, bem como a banca.
A BP saltou 7,95%, com o aumento dos seus dividendos e também alargou um programa de recompra de ações após ter alcançado um lucro recorde para 2022, enquanto o BNP Paribas ganhou 2,62% depois de anunciar uma recompra de 5 mil milhões de euros (5,4 mil milhões de dólares) e de aumentar os objetivos de rentabilidade.
Entre os principais índices da Europa Ocidental o italiano FTSEMIB e o britânico FTSE 100 subiram 0,36%, o espanhol IBEX 35 ganhou 0,23%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,09%.
A contrariar os ganhos esteve o alemão Dax, que perdeu 0,33%, depois de terem sido divulgadas as estatísticas da produção industrial que recuaram 3,1% em termos mensais em dezembro, com os analistas do ING a descreverem a leva de dados da Alemanha, referentes a dezembro, como "um mês para esquecer". Também o CAC40 esteve do lado das perdas, com uma desvalorização de 0,07%.
Juros da Zona Euro agravam-se antes de discurso do presidente da Fed
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro subiram, numa altura em que os investidores antecipam o discurso do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, esperando-se que seja dito que as taxas de juro vão permanecer altas por mais tempo.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – agravou-se em 4,9 pontos base para 2,336%, ao passo que a "yield" da dívida francesa com a mesma maturidade somou 4,5 pontos base para 2,790%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a 10 anos aumentaram 7 pontos base – o agravamento mais expressivo entre as "yields" das principais dívidas da região – para 4,222%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a 10 anos cresceu 6,2 pontos base para 3,180%, enquanto os juros das obrigações espanholas somaram 5,9 pontos base para 3,272%.
Apesar de tudo apontar para um discurso duro por parte do presidente da Reserva Federal, os juros dos EUA a 10 anos permanecem inalterados.
Petróleo ganha terreno com aposta saudita na procura da Ásia
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em terreno positivo, animados pela confiança da Arábia Saudita nas perspetivas para a procura por esta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em março soma 2,81% para 76,19 dólares por barril.
Já o contrato de abril do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, valoriza 2,22% para 82,79 dólares.
A estatal Saudi Aramco aumentou a maioria dos seus preços no que diz respeito ao crude que vai vender ao seu principal mercado, a Ásia. Isto devido ao crescente otimismo quanto a uma retoma robusta da procura na China – maior importador mundial de petróleo – com o fim da política covid-zero.
Dólar sobe com mira no "guidance" para os juros diretores
O dólar segue a ganhar ímpeto, numa altura em que os investidores esperam por pistas, no discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, sobre a política monetária da Fed - que se estima que possa endurecer após os dados fortes do emprego nos EUA.
A nota verde avança 0,31% face ao euro, para 0,9352 dólares, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da moeda norte-americana contra 10 divisas rivais – sobe 0,061% para 103,682 pontos.
Os dados sobre o emprego nos EUA, que foram mais fortes do que o esperado, lançaram a dúvida sobre se a Reserva Federal irá manter a desaceleração na subida dos juros de referência.
Ouro avança antes do discurso de Jerome Powell sobre política monetária
O ouro está a valorizar pelo segundo dia consecutivo, com os investidores a aguardarem o discurso do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que deverá dar mais pistas sobre o caminho da política monetária a seguir.
O ouro soma 0,21% para 1.871,35 dólares por onça.
Caso haja algum sinal mais "hawkish" de Powell, o metal precioso deve sair penalizado, uma vez que não rende juros. Por agora, o metal precioso está a beneficiar do recente abrandamento do ritmo de subida dos juros diretores pelo banco central.
S&P 500 e Dow recuam com receios sobre endurecimento da política monetária
O S&P 500 e o Dow começaram o dia no vermelho, enquanto os investidores esperam pelo discurso do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, em busca de mais pistas sobre quanto tempo o banco central manterá a subida das taxas de juro.
Os dados sobre o emprego nos EUA, que superaram as expectativas dos analistas, podem dar sustento à Reserva Federal norte-americana para continuar o seu percurso de endurecimento de política monetária, depois de, na semana passada, o banco central ter subido a taxa dos fundos federais em 25 pontos base.
O aumento foi visto pelos mercados como um sinal de abrandamento do ritmo, tendo em conta a anterior subida de 50 pontos base. Os investidores esperam agora que o banco continue a subir as taxas de juro até aos 5,1% em junho.
No arranque da negociação, o industrial Dow Jones caía 0,36% para 33.769,78 pontos, enquanto o S&P 500 desvalorizava 0,14% para 4.105,35.
Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite abriu com ganhos ligeiros de 0,03% para 11.891,25 pontos, apoiado sobretudo pela Microsoft. O peso pesado da tecnologia às 14h57 avançava 1,71%, numa altura em que anunciou que nesta terça-feira faria um grande anúncio, que se estimar estar relacionado com o ChatGPT.
Taxas Euribor sobem a 3 e 6 meses para máximos de mais de 14 anos
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, nos dois prazos mais curtos para máximos de mais de 14 anos, face a segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 3,435%, mais 0,034 pontos, contra 3,446% em 02 de fevereiro, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 3,029%, mais 0,021 pontos que na segunda-feira e atual máximo desde dezembro de 2008, verificado pela primeira vez em 02 de fevereiro.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 2,602%, mais 0,037 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Resultados dão brilho à Europa. DAX perde com dados da produção industrial na Alemanha
Os principais índices europeus estão a negociar em terreno positivo com os investidores a avaliarem bons resultados das empresas, face à incerteza do que será o caminho a seguir pelos bancos centrais.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,13% para 457,74 pontos. A liderar os ganhos está o setor do petróleo e gás, numa altura em que crude segue a valorizar, bem como o setor da banca. Do lado das quedas, está a tecnologia.
Entre os principais movimentos de mercado está a BP, que valoriza 3,51% após ter apontado um lucro recorde em 2022, ter aumentado o pagamento de dividendos e estendido o programa de recompra de ações.
"É a calma antes da tempestade, depois de muita informação para processar da semana passada depois das reuniões de política monetária dos bancos centrais", explicou James Athey, o diretor de investimento da abrdn.
"Há muito menos no calendário para esta semana e por isso o mercado está a respirar mais calmamente", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 avança 0,02%, o italiano FTSEMIB sobe 0,03%, o britânico FTSE 100 sobe 0,17% e o espanhol IBEX 35 ganha 0,2%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,17%.
Já o alemão Dax perde 0,33%, depois de terem sido divulgadas as estatísticas da produção industrial que recuaram 3,1% em termos mensais em dezembro. Analistas do ING descrevem a leva de dados da Alemanha, referentes a dezembro, como "um mês para esquecer".
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar ligeiramente, numa altura em que os investidores antecipam um discurso de Isabel Schnabel, membro do conselho executivo do BCE, na expectativa de mais pistas sobre futuras decisões de política monetária.
A "yield" sobre as Bunds alemãs – referência para o mercado europeu – agrava-se 1 ponto base para 2,297%, ao passo que a "yield" da dívida francesa soma 1,4 pontos base para 2,759%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos somam 2 pontos base – o agravamento mais expressivo entre as "yields" das principais dívidas da região – para 4,171%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos cresce 1,9 pontos base para 3,137%. Já os juros das obrigações espanholas a dez anos agravam-se 1,8 pontos base para 3,231%.
Fora da região da moeda única, os juros da divida britânica a dez anos estão inalterados em 3,238%.
Política monetária incerta leva dólar a interromper ganhos
O dólar está a interromper os ganhos face ao euro e contra as principais divisas rivais, com os investidores a avaliar até onde precisam de ir as taxas de juro de referência da Reserva Federal norte-americana.
O dólar recua 0,038% para 0,9317 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – desce 0,08% para 103,539 pontos.
"Desde a sexta-feira passada, [quando] os Estados Unidos revelaram dados do emprego melhores do que o esperado, que a expectativa de que a Fed atingiria o pico da política monetária inverteu", explicou a analista Tina Teng, da CMC Markets, à Reuters.
"Não considero que o número de trabalhadores seja chave, mas tem um grande impacto nas decisões da Fed", completou.
Ouro negoceia com ganhos e valoriza pelo segundo dia
O ouro está a valorizar pelo segundo dia consecutivo, com os investidores a aguardarem um discurso do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que deverá dar mais pistas sobre o caminho de política monetária a seguir.
O ouro soma 0,29% para 1.872,91 dólares por onça.
Caso haja algum indicativo mais "hawkish" de Powell, o metal precioso deve sair penalizado, uma vez que não rende juros.
China leva petróleo a valorizar. Gás recua com retorno de temperaturas mais elevadas
O petróleo está a valorizar pela segunda sessão consecutiva, sustentado por um otimismo proveniente da China, que deverá continuar a aumentar a procura de crude.
Ao mesmo tempo, preocupações relativas a interrupções no fornecimento de petróleo depois do encerramento de um terminal de exportações na Turquia também estão a influenciar a negociação.
O contrato de março do West Texas Intermediate (WTI) – referência para as importações norte-americanas – sobe 2,17% para 75,72 dólares por barril. Já o contrato de abril do Brent do Mar do Norte – negociado em Londres – ganha 1,95% para 82,57 dólares por barril.
Os investidores estão também a avaliar o aumento de preços pela produtora saudita, Saudi Aramco, que anunciou que ia subir o custo do crude para o mercado asiático, na expectativa de uma procura robusta por parte da China.
No mercado do gás, os futuros estão a desvalorizar, com o armazenamento em alta e com um período de maior arrefecimento da temperatura a ficar para trás. A descida das temperaturas tem levado ao aumento do consumo, mas com uma subida prevista para as próximas duas semanas, os preços estão a estabilizar.
Os futuros do gás negociado em Amesterdão (TTF) recuam 2% para 56,95 euros por megawatt-hora.
Europa deve acordar no verde. China com ganhos, após dois dias de perdas
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em terreno positivo, embora com ganhos ligeiros. Os futuros sobre o Euro Stoxx sobem 0,1%.
Os olhos dos investidores estão num discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), esta terça-feira, onde o responsável poderá dar mais pistas sobre o ciclo de política monetária a seguir pela instituição.
Já esta segunda-feira, Raphael Bostic, presidente da Fed de Atlanta, afirmou, em entrevista à Bloomberg, que os fortes dados do emprego, referentes a janeiro, levantam a possibilidade de o banco central necessitar de colocar a taxa de juro referência acima do valor previamente esperado.
Na Ásia, a sessão foi positiva, interrompendo assim dois dias de quedas, com os investidores a ajustarem posições em antecipação das palavras de Powell. A política monetária mais agressiva tem reduzido a procura por mercados emergentes, nomeadamente no continente asiático.
O setor da tecnologia chinês foi um dos que mais contribuiu para os ganhos depois da Baidu ter anunciado que ia lançar uma aplicação própria de inteligência artificial para conversação em março, semelhante ao ChatGPT.
Ainda a influenciar a negociação esteve a recuperação, por parte dos Estados Unidos, do que se acredita ser um balão de espionagem chinês que entrou no espaço aéreo norte-americano, o que poderá agravar as preocupações quanto a uma escalada de tensão entre duas das maiores potências mundiais, a China e os Estados Unidos.
Na China, Xangai avançou 0,1%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 0,9%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 0,6%. No Japão, o Topix somou 0,6% e o Nikkei registou um ligeiro acréscimo de 0,2%.