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Verão trava negócios de dívida pública em Agosto
O período de férias determinou uma forte quebra do volume negociado em Agosto. O valor negociado em ordens de dívida pública e privada liderou as descidas, ao cair 40% face a Julho.
O período de férias travou os negócios realizados no mercado português no mês de Agosto. Com uma grande parte dos investidores ausentes, as ordens sobre títulos de dívida, pública e privada, registaram a quebra mais acentuada. Caíram 40% face ao mês anterior.
O valor das ordens sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários nacionais baixou para 4.794,4 milhões de euros, em Agosto, o que representa uma quebra de 35,6% face ao mês anterior, segundo os dados divulgados pela CMVM. No acumulado dos oito meses, o indicador baixou 44%, em comparação com o período homólogo.
Mas foi na dívida que se sentiu mais a fraca liquidez, característica deste período do ano. O valor negociado em títulos de dívida pública e privada caiu 40%, enquanto nas acções, o montante das ordens recuou 16%.
No segmento de derivados, o valor das ordens caiu 11,9%, para 9.350,4 milhões de euros. "À negociação em CFD's coube a maior quota no mercado de derivados em agosto (49,7% do total), ainda que o montante tenha recuado 17% para 4.647,1 milhões de euros, enquanto que o valor transaccionado sobre futuros desceu 3% para 4.546,5 milhões de euros", adianta o mesmo documento.
As ordens dos investidores nacionais caíram 41,2% para 2.739,1 milhões de euros, enquanto os negócios feitos por estrangeiros recuou menos. Desceu 26% para 2.055,3 milhões de euros.
"Estados Unidos, Alemanha e França foram os três principais destinos das ordens executadas sobre acções fora de Portugal, enquanto Reino Unido, Alemanha e França foram o principal destino das ordens sobre títulos de dívida", revela a CMVM.
A negociação nos mercados financeiros, em Agosto, ficou marcada por uma elevada volatilidade, devido à crise na China. A ausência de investidores devido às férias contribuiu para acentuar os movimentos de queda.