Empresas sólidas, com profissionais de excelência, capazes de responder aos desafios impostos por um mercado em constante evolução e cada vez mais competitivo. É isto que se quer para o tecido económico e empresarial português, para que se fortaleça cada vez mais e seja capaz de enfrentar as sucessivas crises com robustez e capacidade de resposta pronta.
O setor industrial português aposta cada vez mais na formação dos seus quadros e líderes para responder a esses novos desafios. Quem o diz é José Eduardo Carvalho, presidente da AIP – Associação Industrial Portuguesa, salientando que essa deve ser não só uma aposta das empresas como uma prioridade das políticas públicas. "A capacitação dos líderes e gestores é decisiva para a melhoria da capacidade de gestão das empresas portuguesas, a qual deve constituir uma preocupação permanente de todos os atores, independentemente da sua natureza, com responsabilidades diretas ou reflexas na definição e execução de políticas públicas dirigidas ao ecossistema empresarial."
Se o país quer contar com um tecido industrial robusto e capaz, gerador de riqueza, dotar as empresas de executivos e líderes aptos para responder aos mais atuais desafios, é essencial. "Nesse contexto, a formação de executivos permite o desenvolvimento profissional e o reforço de competências de gestão daqueles que frequentam cursos em diversas áreas de relevância crucial para as empresas – como, por exemplo, liderança estratégica, business analytics, controlo de gestão, exemplo, sustentabilidade e compliance, marketing e vendas e fiscalidade – e, por essa via, é essencial para o robustecimento do capital humano das organizações com as quais colaborem ou venham a colaborar". Até porque é esse capital humano que garante que as empresas se venham a destacar e a ser competitivas nas suas respetivas áreas.
Nesse sentido, o presidente da AIP considera ser essencial a aposta na formação executiva, quer por parte dos profissionais, quer por parte das empresas. "A formação executiva de referência, ao promover projetos imersivos e momentos experienciais e ao assentar uma parte substantiva das suas metodologias nos estudos de caso, favorece a dimensão prática e a aproximação à realidade das empresas e ao mundo da economia e contribui eficazmente para a definição de um mapa de competências orientadas para a tomada de decisão e para a resolução de problemas complexos simultaneamente com ética e criatividade."
De resto, para José Eduardo Carvalho, essa é já hoje uma realidade. O presidente da AIP considera que as empresas estão já a fazer essa aposta na formação dos seus quadros, acreditando que dotá-los das melhores ferramentas de gestão é uma das vias para conquistar mercado. Depois, atrair e reter o talento é um dos grandes esforços que as empresas estão a fazer para serem cada vez mais competitivas, dentro e fora do país. "A AIP é uma associação empresarial comprometida com as empresas no sentido da implementação das melhores práticas de gestão orientadas para o incremento das suas contas de exploração e, justamente por trabalhar no terreno e num padrão de proximidade com os empresários, bem conhece o esforço que estes hoje fazem para atrair e reter o talento indispensável a uma atuação no mercado ágil e competente", assegura.
Garantir o apoio necessário
É por isso mesmo, garante o economista, que a AIP faz todos os possíveis por garantir aos seus associados o apoio necessário na formação executiva dos seus quadros. "Do ponto de vista da formação, capacitação e desenvolvimento de pessoas, a AIP procura colocar à disposição das empresas e dos seus gestores e quadros ofertas formativas e projetos de qualificação adaptados à realidade do mercado e apontados à satisfação das necessidades de atração e retenção de capital humano das empresas numa economia cada vez mais competitiva e num mundo continuamente marcado pela mudança e pela imprevisibilidade."
Aliás, com todos os novos desafios colocados hoje às empresas, desde a transição digital à sustentabilidade, passando pela transição energética e mudança de comportamentos do consumir, salienta o gestor, é imperativo dar resposta aos quadros e líderes, para que estes possam acompanhar estas rápidas mudanças, mantendo-se na vanguarda dos seus setores. "Indiscutivelmente, a formação de executivos constitui um instrumento capaz de contribuir para que as empresas se preparem de forma mais qualificada para enfrentar os permanentes e renovados desafios com os quais se confrontam e que, entre outros, passam hoje pelos campos da transição digital e da transição energética, pela sustentabilidade e pela mudança dos comportamentos do consumidor e pela inovação e gestão de pessoas", afirma José Eduardo Carvalho.