A FRASE...
"A Europa não sobreviverá um dia ao nacionalismo. Foi feita para acabar com ele. É essa a sua razão de ser."
Teresa de Sousa, "Britain First", Expresso, 9 de Setembro de 2017
A ANÁLISE...
São muito mais frequentes os erros e as mentiras do que os sucessos e as demonstrações rigorosas complementadas com provas. O erro pode ser apresentado como a incapacidade de atingir o resultado esperado, seja para alcançar uma finalidade ou para resolver um problema. O erro é uma seta que falhou o alvo – mas haverá sempre quem tente mudar a posição do alvo para garantir que a seta acertou, mesmo quando já não se vê nem a seta, nem o alvo. Haverá sempre quem dispense as demonstrações e as provas, para se contentar com as opiniões.
O nacionalismo foi uma motivação importante quando o problema a resolver era a estruturação dos estados na Europa, superando as guerras religiosas. A construção dos impérios europeus nos tempos da expansão não foi uma construção cooperativa entre poderes europeus, foi a projecção do nacionalismo europeu na escala mundial. Hoje, os estados europeus têm uma escala que não lhes permite sustentar a sua estruturação demográfica e de políticas públicas (muito menos os impérios que tiveram), que não lhes permite controlar os factores de crescimento das economias, que não lhes permite impedir que a expansão das economias se processe pela estruturação das redes de empresas que seleccionam as suas localizações em função das vantagens comparativas que asseguram a competitividade. A União Europeia procura responder ao erro da pequena escala fechada, que é o erro do nacionalismo actual – e porque a motivação do nacionalismo já não é um alvo para que se deva apontar qualquer seta.
Os erros corrigem-se com as provas da realidade. Mas o erro em política tem consequências, e a demonstração do erro não faz desaparecer essas consequências. O erro em política muda a realidade, sempre para pior. Mas não mudou o problema.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
maovisivel@gmail.com
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