Isto leva-me à questão do populismo, muito referido, mas que por vezes carece de um entendimento comum.
Sem se pretender fazer uma análise profunda, pode ter-se a perspetiva de que o populismo geralmente resulta de uma visão de que o povo está a ser prejudicado por uma elite (económica e/ou política), que apenas se preocupa com os seus interesses e não com os interesses do povo.
O populismo pode ser de esquerda, sendo um exemplo paradigmático o "chavismo" na Venezuela, que conseguiu conquistar o apoio de uma parte significativa da população, aproveitando-se da sua situação de pobreza.
Já nos casos de direita (como este), geralmente os seus líderes procuram exaltar a nação e valorizar o povo, sendo que "quem não é do povo" (como os estrangeiros) deve ser antagonizado, pois está a aproveitar-se da nação e do seu povo. Este apelo nacionalista foca-se, por vezes, nas ideias de valorização do emprego e da produção económica nacional como mensagem apelativa para captar votantes.
A realidade é que a extrema-esquerda e/ou a extrema-direita continuam a crescer em vários países europeus e nada parece impedir essa tendência. Tem-se falado muito do tema, mas na realidade, será que se está realmente a analisar e a discutir bem o que se passa? Alguém percebe bem e consegue ajudar a desmontar o raciocínio que muitos desses apoiantes seguem, de modo a tentar evitar este crescendo? Se 10% ou 20% dos eleitores votam nestes partidos, há com certeza muitas pessoas que não são uns "horríveis extremistas radicais", como parece que alguns querem caracterizar todos os apoiantes desses partidos.
Ou se aborda a sério e de forma profunda este tema, em vez de se "enterrar a cabeça na areia" (ou não discutindo seriamente o tema, ou procurando descredibilizar chamando de "fascista", "neonazi" ou outro nome a quem tenha uma visão mesmo que apenas ligeiramente diferente da situação e do seu contexto), ou, se continuarmos assim, alguns extremistas acabarão por chegar ao poder…
Gestor e Docente Universitário
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Isto leva-me à questão do populismo, muito referido, mas que por vezes carece de um entendimento comum.
Sem se pretender fazer uma análise profunda, pode ter-se a perspetiva de que o populismo geralmente resulta de uma visão de que o povo está a ser prejudicado por uma elite (económica e/ou política), que apenas se preocupa com os seus interesses e não com os interesses do povo.
O populismo pode ser de esquerda, sendo um exemplo paradigmático o "chavismo" na Venezuela, que conseguiu conquistar o apoio de uma parte significativa da população, aproveitando-se da sua situação de pobreza.
Já nos casos de direita (como este), geralmente os seus líderes procuram exaltar a nação e valorizar o povo, sendo que "quem não é do povo" (como os estrangeiros) deve ser antagonizado, pois está a aproveitar-se da nação e do seu povo. Este apelo nacionalista foca-se, por vezes, nas ideias de valorização do emprego e da produção económica nacional como mensagem apelativa para captar votantes.
A realidade é que a extrema-esquerda e/ou a extrema-direita continuam a crescer em vários países europeus e nada parece impedir essa tendência. Tem-se falado muito do tema, mas na realidade, será que se está realmente a analisar e a discutir bem o que se passa? Alguém percebe bem e consegue ajudar a desmontar o raciocínio que muitos desses apoiantes seguem, de modo a tentar evitar este crescendo? Se 10% ou 20% dos eleitores votam nestes partidos, há com certeza muitas pessoas que não são uns "horríveis extremistas radicais", como parece que alguns querem caracterizar todos os apoiantes desses partidos.
Ou se aborda a sério e de forma profunda este tema, em vez de se "enterrar a cabeça na areia" (ou não discutindo seriamente o tema, ou procurando descredibilizar chamando de "fascista", "neonazi" ou outro nome a quem tenha uma visão mesmo que apenas ligeiramente diferente da situação e do seu contexto), ou, se continuarmos assim, alguns extremistas acabarão por chegar ao poder…
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