Falar fora do tempo
Percebe-se que um primeiro-ministro que esteja perante uma plateia de jovens lhes queira dar perspetiva, mas o entusiasmo, por vezes, arrisca tornar-se em ruído para português ver.
Percebe-se que um primeiro-ministro que esteja perante uma plateia de jovens lhes queira dar perspetiva, mas o entusiasmo, por vezes, arrisca tornar-se em ruído para português ver.
Temos o pior aeroporto do mundo? Ai que bom! O que vamos fazer para mudar? Nada. Há 50 anos que o novo aeroporto de Lisboa é um projeto que não sai do papel por força de lóbis diversos e poderosos que nos têm levado a um beco sem saída. É triste. Muito triste.
A discussão em torno da mobilidade não se pode resumir à partidarite aguda. Exige pensamento e estratégia em doses altamente recomendadas, algo que tem faltado aos dois lados da discussão.
O embargo (quase total ao petróleo russo) é mais um passo no caminho de uma nova política energética europeia. E uma mudança extrema de pensamento entre os 27. Schuman bem nos avisou de que a Europa “não se fará de uma só vez”.
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Luís Montenegro pode traçar muitos cenários, mas será inútil fazer planos de longo prazo. Terá de adequar o discurso a uma realidade que é imprevisível.
As sombras que a elite agora observa podem também ser motor para que governos e empresas comecem a preparar o embate e antecipem eventuais choques sistémicos. A consciência empresarial é hoje outra, o mundo dos gestores é menos dependente do lucros e mais direcionado para a criação de valor. Quem melhor souber responder ao jogo de sombras mais bem preparado ficará para o confronto com a realidade.
A grande dúvida que se parece colocar ao setor imobiliário português é se os efeitos negativos de uma guerra, da inflação e de uma inversão da era do crédito barato vão ou não travar o negócio.