Opinião
O que é que nos diz a relação com o presidente?
Um paper publicado em Novembro por Elisabeth Kempf, da Universidade de Chicago, e por Margarita Tsoutsoura, da Universidade de Cornell, quis relacionar a simpatia dos analistas com o presidente e os "ratings" atribuídos.
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De acordo com o documento citado pela Bloomberg, as autoras quiseram avaliar como é que as preferências pessoais dos analistas podem afectar o processo de análise financeira. E concluíram que os "ratings" das obrigações são mais negativos quando são determinados por alguém que não se identifica com o partido do presidente.
"Os analistas que não são filiados no partido do presidente dos Estados Unidos são mais propensos a um ajustamento em baixa do 'rating' das empresas", escrevem as autoras. Em média, um analista que não está próximo do partido no poder desce a notação em 0,015 níveis mais do que outro especialista, no mesmo período. E este efeito é aumentado quando o conflito entre os partidos se acentua. Nestes períodos, o efeito é 75% superior.
O mesmo acontece durante os períodos de eleições e quando os analistas estão mais activos politicamente. Foram analisados cerca de 450 analistas que, no conjunto, avaliam mais de 1.700 empresas. Alguns analistas têm dificuldade em ignorar ideologias.