As várias imagens da PT
As marcas PT e Meo vão acabar. A Altice vai assumir a marca global, incluindo nas operações nacionais. A história da PT tem várias marcas.
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14.05.1994
Criação do operador nacional
A Portugal Telecom nasceu em 1994, resultado da junção das empresas então públicas que tinham os activos das telecomunicações. TLP (Telefones de Lisboa e Porto), Telecom Portugal, TDP e Marconi eram empresas autónomas, mas de capital público. A Marconi tinha, no entanto, accionistas privados, pelo que demorou mais tempo a sua integração total na Portugal Telecom. Assim nasceu o grande operador nacional de telecomunicações, de capital público, mas já a pensar nas várias fases de privatização e de uma operação internacional.
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01.06.1995
Venda de capital a privados avança
O grande operador de capitais públicos, nascido em 1994 a pensar já num negócio internacional, começou a fazer o seu caminho de venda aos privados em 1995. É esse o ano que marca a primeira fase de privatização da Portugal Telecom. Luís Todo Bom era o presidente ao leme da operadora. As restantes vendas foram feitas nos anos subsequentes: a segunda fase em 1996; a terceira em 1997; a quarta em 1999; e a quinta no ano 2000. É neste ano que o Estado deixa de ter uma participação directa qualificada, ficando apenas com uma "golden share" de 500 acções.
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1998
Nova identidade corporativa
Como então o Público escreveu: foram 250 mil contos "para bolas e quadrados". Murteira Nabo, entretanto chegado à PT (Abril 1996), quis que a empresa, surgida pela integração de várias sociedades, se olhasse como uma única. Gastou 250 mil contos (1,25 milhões de euros) para criar uma nova imagem corporativa, identidade concebida pela Wolff Olins (a mesma que mais tarde criaria a imagem da Vivo e da Nos). Uma imagem em tons de cor de tijolo (já que o laranja foi, em alturas de Governo de Guterres, chumbado) que acabou com Bava.
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1999
Uma altura de expansão
Vivia-se a euforia das "dotcom". A PT não queria ficar atrás. Criou a PT Multimédia, e partiu para as compras: Sapo, Lusomundo e activos do Brasil, entre outros. Criou a PT Multimédia, que integrava, também, o negócio de televisão por cabo, designado TV Cabo. Foi sob esta insígnia que cresceu neste negócio e expandiu a rede, tendo mesmo lançado um serviço de acesso à internet: nascia então a marca Netcabo. Em 2007, a PT Multimédia saiu do universo PT. Seria transformada em Zon e, mais tarde, com a fusão com a Optimus, resultou na Nos.
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2007
MEO nasce para concorrer com cabo
O ano de 2006 marcou uma verdadeira revolução na PT. A OPA (oferta pública de aquisição) da Sonaecom sobre a operadora toda-poderosa fez agitar o Fórum Picoas. Enquanto decorria a OPA, trabalhava-se na PT num negócio de televisão através da sua rede de cobre (concorrente à de cabo, que então também estava sob seu domínio). O fim da OPA - sem sucesso - ditou, no entanto, a saída do negócio do cabo deste universo. A PT precisava de um negócio de televisão. Nasceu a Meo, com a assinatura dos Gato Fedorento. Só com a Altice é que Cristiano Ronaldo se tornou o rosto da Meo.
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2009
PT com identidade nova em tons de azul
Foi com o lançamento da estratégia para a fibra óptica, uma rede de nova geração que leva banda larga a casa dos clientes, que Zeinal Bava comunicou uma nova identidade para a PT. As cores de tijolo deram lugar ao azul, cor que simboliza a fibra. "Gente com fibra" era uma das assinaturas que a PT, com pompa e circunstância, no Pavilhão Atlântico (entretanto convertido em Meo Arena), apresentou o seu azul. O Pavilhão Atlântico passa a ser o local de referência para os grandes lançamentos da PT, que ainda chegou a criar a marca M4O para o serviço convergente.
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02.10.2013
Fusão iria dar origem a megaoperador
Em Outubro de 2013, Zeinal Bava, ao lado de Henrique Granadeiro, anunciava um meganegócio. A PT e a Oi iriam juntar negócios e criar um megaoperador luso-brasileiro. A PT já era accionista da Oi, a Oi já tinha participação na PT. E ambas já eram parceiras estratégicas. O passo seguinte foi o de comunicar a fusão, depois de a PT ter vendido em 2010 a sua participação na Vivo, a operadora brasileira para as telecomunicações móveis. Uma fusão que acabou falhada, depois de a PT ter caído com o despencar do BES, o seu accionista de referência.
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27.01.2014
Meo passa a ser marca única em Portugal
Foi nesta data que Zeinal Bava, então presidente da Oi, cargo que acumulava com a presidência da PT Portugal, reuniu tropas e anunciou: a marca Meo ia ser o porta-estandarte da empresa para todos os negócios residenciais da operadora em Portugal. O que resultava do fim da marca TMN, criada em 1992, para as operações móveis. "A TMN não acaba, ganha uma nova vida que se passa a chamar Meo, com uma oferta integrada de voz, vídeo e dados." Assim falava Zeinal Bava em Janeiro de 2014. É agora a vez de a Altice dizer que o Meo ganha uma nova vida.
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02.06.2015
PT Portugal comprada depois de fusão falhada
Em Junho de 2015 concluiu-se a compra da PT Portugal pela Altice. A empresa foi comprada à Oi, que tinha ficado com esse negócio depois de uma fusão luso-brasileira falhada. A Altice comprou-a por 7,4 mil milhões de euros, aquisição que agora está, aliás, a ser investigada pela Comissão Europeia, que suspeita que a Altice já estava a tomar conta da empresa nacional antes da aprovação do negócio. Depois de comprar a empresa, a Altice manteve as marcas que existiam. Só tinha convertido a PT Inovação em Altice Labs.
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23.05.2017
Altice torna-se marca internacional
O fim das marcas principais em Portugal é anunciado. A Altice vai ser a marca global para as operações do grupo em Portugal, França, República Dominicana, Israel e Estados Unidos da América. O valor do "rebranding" não é referido, mas o grupo francês diz pretender "reforçar a força da marca". É um novo começo, que deita por terra a marca decana PT (que já só é utilizada na área empresarial e como nome da empresa e nos sistemas de informação) e não deixa o Meo ir muito além dos 10 anos. A marca Meo nasceu em 2007.
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