PCS - "think tank" próximo do PSD
Está contra e adjectiva-a como "irrealista" com consequências potencialmente "calamitosas". Autores também criticam grande parte das propostas apresentadas pelo grupo de trabalho do PS e Bloco de Esquerda para uma reestruturação suave: a extensão de maturidades dos empréstimos europeus, que só começam a ser pagos em 2025, reduz o valor presente da dívida, mas não alivia o risco de refinanciamento, pelo que se deve deixar esta hipótese para "discussão futura". A perpetuidade ao BCE é substituída por uma compra da dívida pelo ESM que, embora difícil politicamente, é muito mais fácil que uma reestruturação da dívida do BCE. E a redução das taxas de juro para 1% implica perdas para o MEE, o que implicaria aumentos de capital, e logo transferências por outros estados membros, o que é politicamente tóxico. Na análise reconhecem que um diferimento dos juros até 2025, como foi concedido à Grécia, poderia ajudar.
PS/Bloco
PS recusa-a, Bloco defende-a, e por isso a proposta conjunta prevê uma reestruturação suave, ou reescalonamento, que inclui: transformação em dívida perpétua das obrigações comprada pelo BCE e BdP (com juros pagos a serem devolvidos a Portugal); e extensão da maturidades para 60 anos e redução das taxas de juros para 1% nos empréstimos europeus.