"A associação mutualista e o seu grupo sofreram, no passado recente e à semelhança das restantes instituições financeiras e agentes económicos, os impactos negativos, directos e colaterais, do período de grave crise financeira e económica que o país atravessou. Este facto, complementado pelo quadro de especulação a que a instituição esteve (e tem estado) sujeita, exigiu resiliência e políticas conservadoras, que permitiram preservar os níveis de solidez financeira. Não será difícil recuperar num período temporal curto, garantindo, no próximo triénio, um crescimento assinalável da comunidade associativa".
"Necessitamos de recuperar a confiança dos associados através de uma nova gestão competente e eticamente irrepreensível, que proporá um novo sistema de governo para a associação, a revisão das remunerações dos órgãos sociais para moralizar a vida interna da associação e que esteja em condições de: garantir a segurança na gestão dos fundos mutualistas, que as aventuras insensatas de 2010-14 puseram em perigo; regressar aos fins de protecção social que estão na génese do Montepio; Reforçar a qualidade e dignidade de vida dos associados; Promover a saúde e os estilos de vida saudáveis dos associados".
"Em primeiro lugar, criando a percepção na opinião pública, através de novas práticas de gestão, que o Montepio muda e inicia um novo ciclo de gestão. Concretamente, tornando-nos mais transparentes, moralizando práticas internas,
entre as quais as remunerações, mordomias e privilégios da administração, e recentrando-nos nos associados e na melhoria do ambiente interno de trabalho, começando por ganhar os trabalhadores para o novo ciclo. Em resumo,
a mudança pelo exemplo
da liderança".
"Não se pode falar em separação quando a associação mutualista tem aplicados 2.420 milhões de euros na sua caixa económica, mas sim de um modelo de governo que garanta a independência dos órgãos sociais desta e o respeito pelas normas regulatórias que lhe são aplicáveis. Estes aspectos serão escrupulosamente garantidos. Esta lista compromete-se a manter uma actuação prudente e conservadora e a garantir a análise transversal à estrutura de distribuição dos recursos financeiros, reduzindo exposição a áreas de
risco e rendibilidades desadequadas".
"Foi iniciada em 2015, por imposição do regulador, a separação orgânica e funcional entre a Associação e a Caixa Económica do Montepio Geral. Tal separação deve ser concluída de uma forma segura que salvaguarde o alinhamento estratégico entre a associação enquanto titular da caixa económica e esta enquanto entidade instrumental. No plano financeiro, existe excessiva concentração do balanço da associação no capital social da caixa económica o que deverá ser corrigido gradualmente, designadamente através da alienação de partes desta participação a entidades da economia social nacionais e europeias".
"A articulação será a decorrente do facto de a associação ser o principal accionista do banco e este ser o seu principal canal de distribuição.
Não antevemos problemas de maior nem incompatibilidades. Admitimos e preocupa-nos a excessiva concentração do activo da associação no grupo, em particular na Caixa Económica Montepio Geral. Só depois de conhecermos a situação concreta e de falarmos com os diferentes actores, conselho de administração executivo da caixa, supervisores (BdP e ASF) e Governo, ponderaremos implicações e exploraremos os caminhos possíveis, pois estaremos aptos a definir soluções".
"Naturalmente que a relação com o Dr. Carlos Tavares é de total confiança e alinhamento. O projecto de transformação apresentado para a CEMG [Caixa Económica Montepio Geral] está alinhado com a estratégia definida pela Associação Mutualista Montepio - o accionista - e responde aos objectivos fixados, pelo que estamos tranquilos quanto ao trabalho que está a ser realizado e perspectivado para o futuro. A caixa económica está bem capitalizada, o plano estratégico é adequado e os resultados começam a surgir".
"O Dr. Carlos Tavares terá toda a solidariedade institucional do futuro conselho de administração da associação para que possa levar por diante os compromissos que assumiu relativamente à recuperação do banco Montepio e ao alinhamento estratégico deste com a mutualidade. Novas nomeações para o conselho de administração da caixa económica serão o resultado de uma concertação estratégica entre as administrações daquela e da mutualidade, assegurando escolhas baseadas em sólido perfil profissional na banca e identificação com os fins mutualistas por parte das individualidades a considerar".
"São assuntos a serem abordados com serenidade e responsabilidade com os diferentes intervenientes. Carlos Tavares merece-nos toda a confiança. Mudanças nos timoneiros não fazem parte das nossas prioridades e preocupações presentes. A revisão estatutária da associação, que definirá novos paradigmas do seu futuro governo, controlo, transparência e democracia, bem como o estabelecimento de relações com o supervisor ASF
e a elaboração do plano de adaptação da associação, para ser implementado nos próximos 12 anos,
são as nossas prioridades de momento".
"O Montepio não tem projectos de venda ou de parceria para a sua área seguradora, mas se tivermos oportunidade, com parceiros internacionais, de participar num projecto que tenha uma componente internacional atractiva e que permita desenvolver esta actividade,
colhendo benefícios para o grupo, fá-lo-emos, respondendo aos interesses dos associados e, também,
ao que entendemos ser o interesse nacional, de manutenção da actividade em Portugal".
"Iremos fazer uma reavaliação cuidadosa de todas as participações sociais detidas pela associação, designadamente na área seguradora, para garantir a presença do Montepio em áreas de negócio que sejam sustentáveis e de efectivo interesse para a realização dos fins mutualistas".
"A área seguradora integra-se no conjunto das necessidades de se conseguir o reequilíbrio económico financeiro e prudencial a ser contemplado no plano de adaptação. Nas soluções futuras procuraremos, como já referimos, em primeiro lugar, defender o valor patrimonial da associação e preferiremos, simultaneamente, melhorar a nossa situação, privilegiando parceiros da área social, nacionais e estrangeiros, ou entidades idóneas, reconhecidamente com práticas de gestão com valorização social".
"A associação mutualista disponibiliza modalidades mutualistas para subscrição pela sua comunidade de associados e assegura essa distribuição através do seu canal bancário, mas também de plataforma digital. Nesta data, estamos preparados para uma profunda transformação desta instituição, acompanhando o fenómeno da digitalização. Das soluções de poupança e protecção, que nos propomos ajustar, disponibilizando modalidades mais flexíveis e inovadoras quanto ao processo de adesão e à eficiência na mutualização de riscos, ao aprofundamento do programa de vantagens [...] estamos preparados para crescer".
"As propostas mutualistas que avançamos nestas eleições são: o lançamento de uma cobertura de acesso a cuidados de saúde ao alcance da generalidade dos associados; a extensão progressiva a todas as cidades com instituições do ensino superior do país da nossa rede de residências estudantis a preços acessíveis; a oferta de lugares a preços controlados em residências para os associados seniores e de serviços de assistência domiciliária a associados dependentes; novas modalidades de benefícios mutualistas adaptadas aos novos riscos sociais de conciliação família-trabalho, doenças crónicas e dependências".
"Queremos revalorizar a missão fundacional da associação, adaptada à sociedade actual. A longevidade condigna, económica, de manutenção física e assistencial. Assegurar a casa de família e a educação dos filhos em caso de infortúnio. Ajudar o associado a resolver situações de reestruturação de endividamento, através de empréstimos caucionados com as suas reservas matemáticas. O pilar principal da comercialização será a rede comercial do banco, de forma transparente e segura, pois a diferenciação reside nos próprios produtos mutualistas previdentes, bastante distintos dos produtos bancários".