Bancos mais pequenos dão taxas até 2%
Os depósitos a prazo são, por excelência, os produtos escolhidos pelos portugueses para poupar. E, apesar da maioria das remunerações estarem próximas de zero, ainda é possível encontrar bancos que dão taxas atractivas. Os bancos angolanos garantem os juros mais competitivos. O depósito Boas-Vindas do Banco Privado Atlântico Europa é a aplicação que comercializa actualmente a taxa de juro mais atractiva do mercado, com uma TANB de 2,55%, num depósito a 92 dias para novos clientes. Também os bancos Best e o Banco BNI Europa garantem juros de 2,5%, a três e cinco anos, respectivamente.
CTPM com rendem 2,25% a cinco anos
Os produtos de poupança do Estado deverão continuar a ser uma alternativa para um investimento mais conservador. Ainda que a taxa dos certificados de aforro esteja a ser penalizada pelos juros baixos, os certificados do tesouro poupança mais (CTPM) mantêm uma taxa média bruta de 2,25% para quem mantiver o investimento pelos cinco anos. Rendem 1,25% no primeiro ano, com a taxa a crescer até 3,25% no 5º ano.
Os CTPM oferecem uma taxa crescente até 3,25% no último ano.
Estratégia diversificada é aposta
Num momento de baixas taxas de juro, os fundos multi-activos são uma das apostas das gestoras para driblar os retornos negativos. Estes produtos podem ajustar-se aos vários tipos de investidor, uma vez que há fundos desenhados para perfis mais conservadores, moderados ou agressivos. Ao permitirem uma abordagem diversificada por classes de activos, aumentam o potencial para obter retornos mais elevados. Entre os fundos multi-activos defensivos, a categoria que recolhe mais investimento nos fundos, os desempenhos são positivos. O melhor fundo, o Montepio Multi Gestão Prudente, ganha 1,23% num ano.
Retalho e telecom são aposta
Estavam entre as apostas dos especialistas para 2016 e mantêm-se para 2017. A maioria dos gestores acredita que a bolsa poderá recuperar no próximo ano e vê oportunidades no retalho e nas telecomunicações. "As empresas de distribuição como a Sonae e Jerónimo Martins deverão também ganhar com o aumento do rendimento disponível das famílias", explica Miguel Gomes da Silva, responsável pela sala de mercados do Montepio. Também o Santander refere que as retalhistas e as telecom poderão destacar-se em 2017. A Nos era mesmo no final de Novembro uma das maiores participações nas carteiras dos fundos.
Papeleiras vão ganhar à boleia do dólar
Com o grosso das suas vendas denominadas em dólares, as acções da Altri e da Navigator deverão ser beneficiadas pela subida do dólar face ao euro. "Apesar do aumento da capacidade e a pressão nos preços da pasta, as produtoras de pasta e papel portuguesas têm a sua base de custos em euros e parte das suas vendas em dólares, com o qual sairão beneficiadas pela taxa de câmbio", explica o gestor do Santander Acções Portugal.
A valorização do dólar face ao euro beneficia o negócio da pasta e papel.