A candidatura chegou a defender um tecto para as despesas públicas, igual a 50% do PIB, mas deixou cair a ideia. Na moção, consta apenas
a intenção de reduzir o endividamento e o peso do Estado através de um reforço das políticas de contenção orçamental. Santana rejeita um país obcecado pelo défice zero, "só pelo lado da despesa", afastando-se assim de uma ideia muito colada ao PSD
de Passos nos anos da troika. Santana quer contas públicas controladas, pondo a economia a crescer. O candidato defende, ainda assim, um saldo corrente primário positivo.
Rio considera que a capacidade do Estado não se mede pelo seu peso no PIB. "O problema não está em termos mais ou menos Estado", lê-se na moção de estratégia que leva ao congresso. Apesar de mais colado à imagem de um candidato defensor da austeridade, Rio não chega ao ponto de se comprometer com metas. Mas deixa um recado:
É preciso "garantir que as alterações da despesa pública são sustentáveis no médio e longo prazo". Numa entrevista defendeu um "ligeiro superavit" quando a conjuntura é favorável para ajudar nos tempos difíceis.