Bloco Independentista
Carles Riera
Cabeça de lista da Candidatura de Unidade Popular
Esquerda radical - (CUP)
A CUP (extrema-esquerda) mantém-se fiel à via do confronto com Madrid e já avisou que, ao contrário de 2015, não apoiará no, parlamento catalão, um governo soberanista que não se comprometa com a aplicação de medidas concretas tendentes à República catalã. Fustigados pelas reticências de Puigdemont em relação à via unilateral, esta força radical confirmou a erosão do bloco soberanista ao sinalizar a possibilidade de um governo das esquerdas com a ERC e o Catalunha Em Comum-Podemos.
Carles Puigdemont
Cabeça de lista da candidatura JxCat
Juntos pela Catalunha - (JxCat)
Esta candidatura é sobretudo protagonizada pelo Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT, centro-direita soberanista), que em 2016 sucedeu à histórica CDC, embora integre também vários independentes como é o caso de Jordi Sànchez, número dois nas listas e ex-líder da associação cívica independentista ANC, detido desde 16 de Outubro pelo crime de sedição. O cabeça de lista e presidente deposto da Generalitat, Puigdemont, continua em Bruxelas e subsiste a dúvida sobre se regressa à Catalunha.
Oriol Junqueras
Presidente da ERC
Esquerda Republicana da Catalunha - (ERC)
Com o líder e vice-presidente deposto da Generalitat, Oriol Junqueras, detido acusado dos crimes de rebelião, sedição e peculato, a ERC lidera as sondagens e tem vindo a solidificar essa liderança. Após décadas na sombra dos conservadores da Convergência Democrática da Catalunha (CDC), a ERC pode agora tornar-se na primeira força da Catalunha e também do independentismo. Recusou reeditar a coligação eleitoral com o partido de Puigdemont que venceu as eleições autonómicas de 2015.
Bloco Constitucionalista
Xavier Domènech
Cabeça de lista do Catalunha em Comum Podemos
Podemos Catalão - (CeC)
A coligação eleitoral Catalunha Em Comum-Podemos (CatComú-Podem) reúne forças da esquerda não independentista, como o Catalunha em Comum de Alda Colau, edil de Barcelona. Integra também o Podemos, que mantém uma posição dúbia: é contra a independência mas defende a realização de um referendo. É liderada por Domènech, deputado ao parlamento espanhol pela aliança Em Comum Podemos, a força mais votada na Catalunha nas eleições gerais de 2015. Pode ser decisiva para viabilizar um governo.
Inés Arrimadas
Líder da oposição no parlamento catalão
Cidadãos
Nascido na Catalunha como partido anti-independência, tornou-se numa das quatro principais forças políticas em Espanha. Na Catalunha, o partido lidera, desde 2015, a oposição no parlamento catalão. Arrimadas é a principal figura do partido no "Parlament", onde se tem destacado pela oposição às acções soberanistas do bloco independentista. Aspira à vitória nestas eleições e mesmo não vencendo, Arrimadas espera conseguir formar um governo entre todas as forças anti-independência.
Miquel Iceta
Líder do Partido dos Socialistas da Catalunha
Socialistas Catalães - (PSC)
Apesar de em 2015 ter obtido o pior resultado de sempre dos socialistas em eleições na Catalunha, elegendo apenas 16 deputados, Miquel Iceta tem conseguido arregimentar apoios nos últimos meses. O PSC quer uma solução conciliadora dos blocos em contenda, o que permitiu aos socialistas garantirem o apoio de importantes figuras extra-partidárias. Depois de terem chegado a defender a realização de um referendo independentista, há dois anos os socialistas deixaram cair essa intenção.
Xavier García Albiol
Presidente do PP da Catalunha
Partido Popular - (PP)
O PP de Mariano Rajoy surge em último nas sondagens e prepara-se para o pior resultado de sempre na região. Mesmo assim mantém-se inflexível quanto a qualquer tipo de acordo que não exclua liminarmente acções favoráveis à independência da região. Foi, junto ao Cidadãos, o mais firme defensor do recurso ao artigo 155 da Constituição que permitiu a Madrid assumir a governação da Catalunha. Inversamente ao que acontece ao nível nacional, o PP faz campanha contra o voto útil que favorece o Cidadãos.
Fonte: Gráfico elaborado pelo El País com base em dezenas de sondagens e que através de 10 mil simulações (incorporando a incerteza projectada) calcula os assentos parlamentares de cada partido.