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Moody’s mantém perspectiva para a banca portuguesa

O elevado nível do crédito malparado continua a ser um problema para a banca portuguesa, embora o crescimento da economia vá contribuir para a melhoria da situação do sector, diz a Moody’s.

Bloomberg
19 de Outubro de 2017 às 10:10

A aceleração do crescimento da economia portuguesa é positiva para o sector financeiro, mas a qualidade dos activos vai continuar fraca, pelo que a Moody’s decidiu manter o "outlook" (perspectiva) da banca portuguesa em "estável".

Num relatório publicado na manhã desta quinta-feira, 19 de Outubro, a Moody’s assinala que "apesar de o crescimento do PIB ir acelerar, a qualidade dos activos e do capital vai ficar estável, mas fraca".

"O ‘outlook’ estável para o sistema bancário de Portugal reflecte a nossa perspectiva de que enquanto o crescimento económico sustentado vai dar origem a uma descida moderada no problema do crédito malparado dos bancos, o seu ‘stock’ de activos problemáticos vai permanecer elevado", refere Maria Vinuela na nota publicada pela Moody’s.

A agência de notação financeira nota que o crédito mal parado (NPL) da banca portuguesa estava em 17,5% no final de Junho de 2017, o que representa uma descida face aos 20,1% registados no período homólogo, mas bem acima da média da União Europeia (4,5%).

A Moody’s também mostra preocupação com os níveis de capitalização dos bancos portugueses, perspectivando que vão permanecer em níveis "fracos". No final do primeiro semestre o rácio CET1 da banca portuguesa situava-se em 11,5%, abaixo dos 14% de média da Zona Euro.

Pela positiva, a agência destaca que os bancos portugueses conseguiram melhorar as suas posições de financiamento e de liquidez nos últimos anos, à custa da desalavancagem, uma base de depósitos resiliente e fraco crescimento do crédito. "A Moody’s perspectiva que não ocorra um aumento da procura por crédito em 2018 e aguarda que a continuada desalavancagem represente novas melhorias no ‘funding’ dos bancos", escreve a agência.

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