FMI pede à Grécia medidas de austeridade adicionais no valor de 4,2 mil milhões
O Fundo Monetário Internacional quer que Atenas fixe metas para um menor excedente primário a partir de 2019 ou então que aplique medidas de austeridade adicionais, no valor de 4,2 mil milhões de euros.
O FMI considera que se as metas do excedente primário grego não forem revistas em baixa, o país terá de implementar novos cortes de pensões e baixar o limiar de isenção tributária, entre outras medidas adicionais no valor de 4,2 mil milhões de euros. Tudo isto a partir de 2019.
A informação foi avançada à Bloomberg por um responsável do Ministério helénico das Finanças, que pediu anonimato.
Segundo a mesma fonte, o organismo presidido por Christine Lagarde considera que as pensões gregas são "demasiado elevadas".
O FMI, acrescenta, pretende que as medidas para 2019 sejam aprovadas agora pelo parlamento helénico.
Além disso, o Fundo está à espera que, até ao Natal, a Grécia tenha já definido com os seus credores da Zona Euro um compromisso sobre a dívida. Se tal acontecer, Atenas poderá entrar já em Fevereiro ou Março no programa de compra de dívida do Banco Central Europeu, refere a mesma fonte.
No dia 5 de Dezembro, os ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) estarão reunidos e a questão da Grécia estará em cima da mesa. Vários sindicatos gregos têm revelado a sua preocupação, pedindo que quaisquer reformas adicionais que se exijam a Atenas não penalizem ainda mais o mercado laborar e os direitos dos trabalhadores.
O Governo grego e os credores de Atenas têm mantido conversações sobre o programa de assistência aos helénicos e, entre os pontos-chave que têm sido avançados, constam alterações no mercado laboral que apontam para uma maior desregulação, o que não tem agradado aos sindicatos.
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