Bruxelas sobe previsão de crescimento para Portugal
A Comissão Europeia espera que a economia portuguesa cresça 1,6% neste ano, acima da previsão do governo e em linha com a média da Zona Euro. No ano passado, o PIB terá crescido 1,3%.
A Comissão Europeia espera que a economia portuguesa cresça 1,6% neste ano, em linha com a média da Zona Euro, acima da sua anterior previsão (1,2%) e da previsão do governo, de 1,5%. No ano passado, o PIB terá crescido 1,3%, também acima da anterior previsão de Bruxelas (0,9%) e do governo (1,2%), embora abaixo da média do euro (1,7%) e do valor registado no ano anterior (1,6%).
Os novos números foram divulgados nesta segunda-feira, 13 de Fevereiro, com Bruxelas a salientar o papel do turismo na dinamização da economia, em particular na segunda metade do ano passado, e a alertar para o risco de o crescimento deste ano ser penalizado pelos problemas de persistem na banca e que podem travar o investimento, que caiu acentuadamente no ano passado.
A sustentar a recuperação da economia neste ano e no próximo está a expectativa de aceleração do investimento e das exportações; já o consumo privado deverá continuar a desacelerar, e de forma mais acentuada (ver quadro abaixo).
As anteriores previsões da Comissão, publicadas no Outono,
Para 2018, Bruxelas prevê uma aceleração na Zona Euro (1,8%) mas uma desaceleração da economia portuguesa, antecipando uma taxa de crescimento de 1,5% - só Itália deverá fazer pior (1,1%). Esse menor crescimento será acompanhado de uma deterioração do défice orçamental para 2,2% do PIB e de nova uma subida do défice estrutural, que deverá agravar-se de 2,2% do PIB em 2015 para 2,6% em 2018.
Menos desemprego, menos emprego, menos população activa Já o desemprego deverá continuar a recuar. Nas novas previsões, Bruxelas mantém practicamente inalterados os anteriores números e espera que a taxa de desemprego recue para 10,1% no final deste ano e para 9,4% no final de 2018, o que comparará com 11,2% em 2016.
Já o desemprego deverá continuar a recuar. Nas novas previsões, Bruxelas mantém practicamente inalterados os anteriores números e espera que a taxa de desemprego recue para 10,1% no final deste ano e para 9,4% no final de 2018, o que comparará com 11,2% em 2016.
"A forte época turística [em 2016] apoiou quer a criação do emprego quer os salários", escreve Bruxelas, ao antecipar que, em simultâneo, se observe uma redução da capacidade de criação de postos de trabalho. O crescimento do emprego deverá desacelerar gradualmente de 1,3% em 2016 para 0,6% em 2018, em resultado da "recente recuperação dos salários que deverá travar a procura de mão-de-obra" mas também porque o país "deverá começar a sentir os efeitos da diminuição da população activa".
(notícia actualizada às 12:01 pela última vez)
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