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Dívida pública supera os 133% do PIB e atinge novo recorde

A dívida pública portuguesa manteve a tendência de agravamento no terceiro trimestre deste ano, atingindo o valor mais elevado pelo menos desde 2007, mostram os dados do Banco de Portugal.

mario centeno ministro finanças
mario centeno ministro finanças Miguel Baltazar
21 de Novembro de 2016 às 13:44

Em Setembro de 2016, a dívida pública portuguesa atingiu os 133,08% do produto interno bruto (PIB). Este é o valor mais elevado de toda a série do Banco de Portugal, que recua até 2007, e mostra que o endividamento do sector público ainda não entrou numa trajectória descendente.

Este valor representa um crescimento face ao trimestre anterior (131,7% do PIB) e ao mesmo período de 2015 (130,4%). Em valores absolutos, a dívida pública ascende a 244,4 mil milhões de euros, tendo também aumentado em cadeia e em termos homólogos.

Recorde-se que no Orçamento do Estado para 2016 foi inscrito um valor de 127,7% do PIB para a dívida, entretanto revisto em alta no OE 2017 para 129,7%. Isso exigirá uma descida de mais de três pontos percentuais nos últimos três meses do ano.

Este é o valor "bruto" da dívida. Isto é, conta com os depósitos do Estado. A dívida líquida é mais baixa, tendo atingido os 121,5% até Setembro. Contudo, a tendência não é dramaticamente diferente. Apresenta uma ligeira descida face ao segundo trimestre deste ano (121,8%), mas é superior ao mesmo trimestre de 2015 (119,6%).

"Entre Janeiro e Setembro de 2016, o financiamento das administrações públicas foi de 3,9 mil milhões de euros, inferior aos 4,2 mil milhões de euros registados em igual período de 2015", pode ler-se na publicação do Banco de Portugal. "O financiamento obtido pelas administrações públicas junto dos bancos e de outros financiadores residentes aumentou (2,3 mil milhões de euros e 8,0 mil milhões de euros, respectivamente)."

Na vertente externa, o financiamento diminuiu 6,4 mil milhões de euros, o que reflecte uma redução dos títulos de dívida (-3,3 mil milhões), assim como o reembolso antecipado ao FMI de Fevereiro de 2016 (-2 mil milhões).

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