BCP pode atingir capitalização bolsista de 12 mil milhões de euros
O Banco Comercial Português (BCP), com a absorção do Banco Português do Atlântico (BPA) anunciada hoje e caso garanta a aquisição do BPSM, vê a sua capitalização bolsista disparar para 12,02 mil milhões de euros (2,4 mil milhões de contos).
O Banco Comercial Português (BCP), com a absorção do Banco Português do Atlântico (BPA) anunciada hoje e caso garanta a aquisição do Banco Pinto & Sotto Mayor (BPSM), vê a sua capitalização bolsista disparar para 12,02 mil milhões de euros (2,4 mil milhões de contos), superando deste modo a fasquia dos 10 mil milhões de euros (dois mil milhões de contos), tão ambicionada por Jardim Gonçalves, o presidente do Grupo BCP/Atlântico, pois providencia-lhe uma maior projecção a nível mundial.
Tendo em conta as cotações de fecho de hoje, a absorção do BPA aumenta a capitalização bolsista do BCP em 895 milhões de euros (179 milhões de contos), o equivalente ao capital disperso em Bolsa que será alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA). Nesta operação, o BCP oferece quatro acções por cada cinco títulos do BPA, tendo para isso já anunciado que irá emitir 151,3 milhões de novas acções BCP.
A aquisição do Grupo José de Mello acrescenta 1,3 mil milhões de euros (260,62 mil milhões de contos) à capitalização bolsista do BCP. Por fim com a aquisição do BPSM o BCP vê a sua capitalização bolsista mais que duplicar num curto espaço de tempo. Sem a aquisição do BPSM a capitalização bolsista do BCP ascende a 8,04 mil milhões de euros (1,61 mil milhões de contos).
Com estas operações concluídas com sucesso o BCP passa para o terceiro lugar no mercado ibérico, em termos de capitalização bolsista, sendo apenas superado pelo Banco Santander Central Hispano (BSCH) e pelo Banco Bilbao Viscaya Argentaria (BBVA). O BSCH, avaliando pela cotação de fecho de hoje, tem uma capitalização bolsista de 37 mil milhões de euros (7,41 mil milhões de contos).
A operação de fusão do BPA no BCP, coincidirá com a integração do Banco Mello, e deverá permitir criar valor adicional para os accionistas, consubstanciado num crescimento estimado dos resultados por acção (EPS) de 2% em 2001. A internalização de sinergias operativas decorrentes da fusão, a racionalização de redes de distribuição e a possibilidade de novos negócios são os principais determinantes dos benefícios de concentração do BPA e do BCP, que se estimam em 16,95 milhões de euros (3,4 milhões de contos) em 2000 e de 24,94 milhões de euros (5 milhões de contos) em 2001.
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