Chuva ajuda EDP a aumentar produção em 7%
Depois de a seca ter penalizado as contas da EDP em 2017, este ano "a energia armazenada nos reservatórios em Portugal aumentou significativamente".
A EDP aumentou em 7% a produção de electricidade no primeiro semestre deste ano, com a eléctrica liderada por António Mexia a beneficiar com o aumento dos recursos hídricos que se situaram "15% acima da média histórica".
Inverteram-se assim os efeitos negativos da seca extrema que afectou Portugal no ano passado, um factor que tinha penalizado fortemente as contas de 2017 da EDP. Quando a eléctrica apresentou as contas do ano passado, revelou que a "seca extrema em 2017, um dos quatro anos mais secos em Portugal desde 1931, teve um impacto negativo a rondar os 300 milhões de euros".
Num comunicado emitido esta terça-feira, 17 de Julho, a EDP destaca o "crescimento de 28% na produção a partir de fontes renováveis", com a produção hídrica a aumentar 72%, "impulsionada pela recuperação de recursos hídricos na Península Ibérica e no Brasil".
Segundo a EDP, os recursos hídricos situaram-se 15% acima da média histórica em Portugal, "reflectindo-se em larga medida no reenchimento dos reservatórios, mais do que num acréscimo da produção de electricidade". Desta forma, a "energia armazenada nos reservatórios em Portugal aumentou significativamente".
Quanto à capacidade instalada da EDP, aumentou 2% nos últimos 12 meses para 26,8GW, sendo que deste total quase três quartos (74%) são energias renováveis.
A EDP acrescenta que o volume de electricidade distribuída cresceu em todos os mercados, destacando Portugal com um aumento de 3,5% no primeiro semestre, "impulsionado sobretudo pelo segmento residencial; seguido de Espanha, com um crescimento de 1,6%". No Brasil, a electricidade distribuída cresceu 1,1%, suportada pelo aumento do consumo no segmento industrial, sobretudo no Estado de São Paulo.
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