Os lucros da petrolífera chinesa Sinopec, a maior refinaria da Ásia e que tem forte presença em Angola, aumentaram 44%, em 2016, no primeiro aumento de lucros anual no espaço de três anos. 

 

No total, a empresa somou lucros no valor de 46.416 milhões de yuan (6.214 milhões de euros), no ano passado.

 

Num comunicado enviado esta segunda-feira à bolsa de Hong Kong, o presidente da Sinopec, Wang Yupu, explica que a recuperação - após dois anos de queda dos lucros - deve-se aos resultados dos sectores de refinaria e de produtos químicos.

 

Os lucros de exploração da Sinopec dispararam 51%, face a 2015, para 78.876 milhões de yuan (10.560 milhões de euros).

 

A facturação total da empresa caiu, porém, 4,4% e fixou-se em 1,9 mil milhões de yuan (258.627 milhões de euros), devido ao mau momento do ramo da extracção.

 

Os gastos operativos recuaram 5,6%, para 1,85 mil milhões de yuan (248.270 milhões de euros).

 

Citado pela agência Bloomberg, Tian Miao, analista do banco de investimentos North Square Blue Oak, considerou que a empresa "beneficiou muito da queda dos preços do petróleo".

 

Em Agosto passado, Angola ultrapassou a Arábia Saudita e a Rússia e tornou-se o principal fornecedor de petróleo da China, segundo dados das Alfândegas chinesas.

 

Em Setembro, o país manteve aquela posição.

 

Através da Sinopec Sonangol International (SSI), a Sinopec detém quotas em seis blocos de exploração de petróleo em Angola, segundo o 'site' oficial da empresa, tornando o país africano num dos principais destinos dos investimentos do grupo além-fronteiras.