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Impostos estagnam lucros da Media Capital

Os lucros do primeiro trimestre da Media Capital mantiveram-se em torno dos 1,9 milhões de euros, pelo apuramento de maior impostos.

Sara Matos/Negócios
12 de Abril de 2018 às 19:17

A Media Capital manteve os lucros do primeiro trimestre deste ano nos 1,94 milhões de euros, uma melhoria de 1% face aos 1,91 milhões um ano antes.

A empresa de media explica esta estagnação pelos maiores impostos. No primeiro semestre do ano passado o apuramento do imposto sobre o rendimento foi de 7%, devido à recuperação de impostos de períodos anteriores.

Este ano nos primeiros três meses o imposto apurado foi de 743 mil euros, o que compara com os 140 mil um ano antes.

Isto num período em que os rendimentos operacionais subiram 10% para atingir os 38,7 milhões de euros, face aos 35 milhões do ano passado. Com o segmento de televisão a crescer 11% para os 31,78 milhões. Subida percentual superada pelo negócio de produção audiovisual que cresceu, em termos homólogos, 13% mas para um valor mais baixo que a o da televisão. O audiovisual teve rendimentos de 7,5 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Os gastos operacionais, no entanto, cresceram mais do que a subida dos rendimentos. Aumentaram 12% para 33,5 milhões de euros, o que resultou num EBITDA de perto de 5,2 milhões, mais 4% que os 5 milhões um ano antes.

A empresa, dona da TVI e que está em processo de venda à Altice, explica que a aplicação de uma nova norma contabilística referente ao registo dos contratos com clientes levou a uma "subida de rendimentos e gastos operacionais, no mesmo montante de 2,6 milhões de euros". Sem este impacto os rendimentos teriam apurado uma subida de 3%.

Neste primeiro trimestre de 2018, a publicidade cresceu nas contas da Media Capital 4%, para 24,27 milhões de euros. A Media Capital chama mesmo a atenção para o facto da variação de 4% "superar a verificada no último trimestre de 2017, sendo igualmente a mais elevada desde o primeiro trimestre de 2016 e bastante melhor que o observado no ano 2017 como um todo (-2%)".

A subida das receitas da publicidade na televisão foi de 5%, "o melhor registo desde o primeiro trimestre de 2016 e também acima da percentagem global de 2017 (-3%)". Na rádio a subida foi de 1% e nos outros segmentos (digital, música e eventos) a melhoria foi de 9%.

Este foi também um trimestre em que o grupo investiu menos. O investimento operacional (capex) foi de 400 mil euros, menos 11% que em o observado há um ano. A empresa aproveitou também para baixar a dívida, com o endividamento líquida a diminuir 5,2 milhões, ficando no final de Março em 90,1 milhões de euros. "O Grupo Media Capital mantém assim uma confortável estrutura de capital", reclama em comunicado à CMVM.

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