O volume de negócios da Apple aumentou 4,5% no seu segundo trimestre fiscal (terminado a 31 de Março), face ao período homólogo de 2016, reportou a tecnológica esta terça-feira após o fecho das bolsas dos EUA. No entanto, os números ficaram abaixo das projecções do consenso de mercado.

As receitas ascenderam a 52,9 mil milhões de dólares, contra 50,6 mil milhões no mesmo trimestre do ano passado, ficando abaixo da estimativa média de 53,1 mil milhões que era apontada pelos analistas auscultados pela Bloomberg.

Resultado: as acções da tecnológica liderada por Tim Cook seguem a ceder 1% na negociação fora de horas, depois de terem encerrado a sessão regular desta terça-feira a somar 0,63% para um recorde de fecho de 147,51 dólares.

Na negociação intradiária, os títulos da Apple marcaram mesmo um novo máximo histórico, nos 148,09 dólares, com a valorização anual acumulada a fixar-se em 27%. O mercado tem estado na expectativa do lançamento de um iPhone 8 no próximo Outono.

A contribuir para a diminuição das receitas esteve a queda na venda de iPhones entre Janeiro e Março, o que demonstra, segundo a Bloomberg, a necessidade urgente de a Apple realizar "upgrades" substanciais à próxima geração do seu produto emblemático para estar à altura da competição com rivais como a Samsung Electronics.

A Apple vendeu 50,8 milhões de iPhones nos primeiros três meses do ano, contra 51,2 milhões no trimestre homólogo de 2016. Além disso, ficou aquém das estimativas dos analistas, que contavam com vendas médias de 51,4 milhões de iPhones.

Para o trimestre em curso, a empresa prevê receitas entre 43,5 e 45,5 mil milhões de dólares, o que também não agradou aos analistas, cuja projecção média está nos 45,7 mil milhões. Ou seja, nem o melhor dos cenários da Apple fica em linha com o esperado pelo consenso de mercado.

Por seu lado, o lucro por acção entre Janeiro e Março ascendeu a 2,10 dólares (1,90 dólares no mesmo período do ano passado). Este resultado ficou acima das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg e pela Thomson/Reuters, que apontavam para 2,02 dólares.

(notícia actualizada às 23:07)