BCP dispara mais de 4,5% e impulsiona bolsa
A bolsa nacional terminou o dia a subir 1%, sustentada sobretudo pelos ganhos expressivos do BCP, que disparou mais de 4,5%, depois de ter sido alvo de uma nota de research.
O PSI-20 fechou a subir 1,12% para 5.298,94 pontos, com 14 acções a subir e cinco a cair. Entre os congéneres europeus a tendência também é de ganhos, no dia em que decorreram as eleições no Reino Unido, tendo Theresa May vencido as eleições sem maioria absoluta. Entretanto, a primeira-ministra anunciou que fechou um acordo com a DUP, o que lhe permite ter uma maioria parlamentar.
As acções do BCP subiram 4,59% para 0,2348 euros, depois de o Deutsche Bank ter emitido uma nota de análise onde recomenda a compra das acções do banco liderado por Nuno Amado. A casa de investimento avalia o BCP em 33 cêntimos, o que confere às acções um potencial de valorização de superior a 40% face ao valor de fecho. O Deutsche Bank considera o BCP um "diamante em bruto".
Ainda na banca, as unidades de participação do Montepio fecharam a deslizar 5,78% para 0,473 euros.
A contribuir para os ganhos da bolsa esteve também o sector da energia, com a EDP a apreciar 1,08% para 3,271 euros e a EDP Renováveis a valorizar 0,27% para 6,974 euros. A Galp Energia também cresceu 1,16% para 13,535 euros, num dia em que o petróleo voltou aos ganhos. O barril do Brent sobe 1,02% para 48,35 dólares.
Em alta fechou ainda a Jerónimo Martins, ao avançar 0,60% para 17,725 euros, bem como a sua rival Sonae, que cresceu 0,86% para 0,94 euros.
A contrariar a tendência de ganhos estiveram as acções da Mota-Engil, ao perder 4,50% para 2,378 euros, bem como a Corticeira Amorim, que cedeu 1,17% para 12,65 euros.
O sector de media tem estado no centro das atenções por causa do interesse da Prisa em vender a Media Capital. E o interessado é, segundo a imprensa, a Altice. Estas notícias têm levado a que a especulação em torno de outras operações no sector e este cenário está a ter impacto nos mercados.
A Media Capital, mais uma vez, não negociou qualquer acção. Algo que é habitual e que é justificado pelo facto de a Prisa deter cerca de 95% das acções da dona da TVI.
Já a Impresa, dona da SIC, voltou a disparar mais de 3% para 0,335 euros, tendo negociado mais de quatro milhões de acções, o que compara com a média diária de cerca de 600 mil títulos nos últimos seis meses. A Cofina, dona do Negócios e do Correio da Manhã, fechou estável nos 0,40 euros.
(Notícia actualizada às 16:54 com mais informação)
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