Há sete sessões que Wall Street fecha em baixa
As principais bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno negativo, pela sétima sessão consecutiva, com os investidores a usarem de prudência em véspera das eleições presidenciais e depois de a Fed ter dito que mantém o foco numa subida dos juros.
O Standard & Poor’s 500 fechou a recuar 0,5% para 2.126,22 pontos, naquela que foi a sétima queda seguida (a mais longa série de perdas em cinco anos), mantendo-se perto de um mínimo de quatro meses.
Já o índice industrial Dow Jones perdeu 0,43% para 17.959 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cedeu 0,93% para 5.105,56 pontos.
A Fed, conforme se esperava, decidiu não mexer nos juros directores, mas continuou a sinalizar que tem isso em mente, pelo que se mantém a probabilidade de o fazer na última reunião deste ano, que se realiza a 13 e 14 de Dezembro. No entanto, se Trump vencer as eleições presidenciais do próximo dia 8 de Novembro, as coisas podem mudar de figura.
O mercado está, aliás, em suspenso, sem querer tomar decisões de relevo, à espera das eleições da próxima semana e enquanto avaliam as probabilidades dos candidatos republicano e democrata.
Donald Trump ganhou algum terreno face a Hillary Clinton depois de na passada sexta-feira o FBI ter anunciado que reabriu a investigação aos e-mails da candidata democrata. E isso está a contribuir para que o peso mexicano – que é visto como um barómetro da percepção sobre as eleições norte-americanas – esteja a afundar face à maioria das moedas (já que Trump, que é contra a imigração, pode ganhar ainda mais vantagem), o que tem estado a penalizar as bolsas norte-americanas.
Os investidores continuarão também atentos à apresentação dos resultados trimestrais, sendo que será a vez de empresas como a Kraft Heinz e Starbucks se confessarem ao mercado.
As tecnológicas estarão em destaque, já que a evolução do Facebook – que estará a reagir às contas apresentadas após o fecho das bolsas – poderá ditar o rumo do sector.
(notícia actualizada às 21:22)
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