Investidores estão a reforçar aposta nas acções europeias
Dados mostram que o dinheiro colocado nas acções europeias atingiu, nos sete dias terminados a 19 de Julho, o valor mais elevado desde a vitória de Emmanuel Macron.
Os investidores estão mais confiantes nos sinais vindos da Europa e, por isso mesmo, a aumentar a sua aposta nas acções do Velho Continente.
De acordo com dados da EPFR, citados pelo Financial Times, o dinheiro colocado nas acções europeias atingiu, nos sete dias terminados a 19 de Julho, o valor mais elevado desde a vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas de Maio. Já o interesse nas cotadas norte-americanas tem diminuído.
Naquele período, os investidores acrescentaram mais de 3 mil milhões de dólares a fundos de acções europeias, elevando o total do ano para 26 mil milhões de dólares. Tendo em conta a aceleração da recuperação económica da região, os sectores tipicamente ligados a um crescimento mais rápido ganharam maior vantagem.
O Financial Times recorda que estava evolução acontece depois de um 2016 "tórrido", em que os investidores retiraram 100 mil milhões de dólares dos fundos de acções europeias, devido aos receios em torno dos riscos deflacionários e do futuro depois do Brexit.
O aumento das apostas nos mercados do Velho Continente, precedeu, por outro lado, uma reunião amplamente esperada do Banco Central Europeu (BCE), em que a autoridade monetária decidiu manter inalterados os estímulos à economia.
"Tomámos nota da contínua melhoria do momento económico [mas] não há qualquer sinal convincente de uma recuperação da inflação subjacente [a que não considera energia e bens alimentares e é mais estável], quando se espera que a inflação global se mantenha volátil", afirmou Mario Draghi, na conferência realizada no final da reunião.
Contrastando com o aumento dos investimentos nas acções europeias, o interesse nos títulos norte-americanos caiu pela quinta semana consecutiva, com os investidores a retirarem 840 milhões de dólares destes fundos no mesmo período.
O Financial Times sublinha que os índices alemão, francês e espanhol tiveram uma desempenho inferior ao S&P500 no último mês, sendo que algumas divergências se devem à subida do euro.
Nos Estados Unidos há, porém, um sector que continua a ser muito atractivo para os investidores – o da tecnologia – que assistiu a duas semanas consecutivas de subidas pela primeira vez em um mês.
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