Jerónimo Martins sobe 3% e recupera de mínimos após notas de "research"
A Jerónimo Martins tem estado sob pressão, com as acções a renovarem mínimos de mais de um ano. Em causa têm estado notas de análise, com várias casas de investimento a cortarem a avaliação da cotada. Esta terça-feira há uma inversão. As acções estão a subir 3%, num dia em que foi divulgada uma nota de "research" positiva.
As acções da Jerónimo Martins estão a subir 2,99% para 14,655 euros, tendo chegado a ganhar mais de 4% esta terça-feira. Um cenário bem diferente do vivido nas últimas sessões, com as acções a renovarem sistematicamente o mínimo de Setembro de 2016. Desde o início do ano, os títulos da retalhista que detém o Pingo Doce acumula uma queda de 9,45%.
Esta queda recente das acções da Jerónimo Martins não estava a ser relacionada a notícias. Mas nos últimos dias foram várias as casas de investimento que se pronunciaram sobre a empresa.
As novas regras para os "research" tornaram o acesso aos mesmos restrito. Contudo, apesar de o Negócios não ter acesso às notas, é possível conferir na Bloomberg que os últimos dias foram intensos.
No dia 19 de Março o Morgan Stanley cortou a sua avaliação da Jerónimo Martins em 9,4%, de 17 euros para 15,40 euros. A recomendação foi mantida em "equalweight".
No dia 23 de Março foi a vez de o Kepler Cheuvreux reduzir em mais de 8,5% o seu preço-alvo (de 15 euros para 13,70 euros). A recomendação também foi mantida, mas desta vez em "reduzir".
Já ontem, o Alphavalue reduziu ligeiramente a sua avaliação de 15,80 euros para 15,70 euros. Já a recomendação foi melhorada, passando de "reduzir" para "adicionar".
Hoje houve uma nova nota. A primeira positiva. O Exane BNP Paribas elevou em 2%, ou seja, de 18 para 18,30 euros, o seu "target" para a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos. A recomendção passou de "neutral" para "outperform".
Destas últimas alterações, apenas a Kepler Cheuvreux tem uma avaliação que actualmente é inferior ao preço a que as acções negoceiam em bolsa.
Na Bloomberg é possível verificar ainda que a média dos preços-alvo está actualmente nos 16,39 euros, um valor que confere às acções um potencial de subida de 11,84% face à actual cotação.
Uma vez que o Negócios não teve acesso a estas notas de análise não consegue explicar as razões que justificam estas subidas e descidas de avaliações.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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