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Pharol afunda mais de 8% após Oi perder mais de 25% numa semana

As acções da Pharol já estiveram a perder mais de 8%, depois de ter sido noticiado que o fundo Elliott estará a preparar uma injecção de capital na Oi para ficar com 60% da operadora. Na semana passada, a operadora brasileira afundou mais de 25%.

Reuters
14 de Novembro de 2016 às 12:34

As acções da Pharol estão a deslizar 6,58% para 21,3 cêntimos, depois de já terem estado a ceder mais de 8%. A descida desta segunda-feira, 14 de Novembro, surge já depois de na semana passada os títulos terem caído 8,06%, numa evolução que é justificada em grande parte com a queda das acções da Oi, empresa detida em 22% pela Pharol.

As acções da brasileira afundaram 26,5% na semana passada, tendo terminado a valer 2,10 reais, no caso dos títulos preferenciais. Já as acções ordinárias caíram 31% para 2,30 reais. No arranque de negociação desta segunda-feira, as acções da Oi estão a descer menos de 0,5%.

Os títulos da Oi têm estado pressionados pelos planos, ou ausência deles, de recuperar a operadora de telecomunicações que se encontra sob protecção contra credores.

Esta segunda-feira, a Globo noticia, citada pela Bloomberg, que o fundo americano Elliott Management, do milionário Paul Singer, está a ponderar injectar 10 mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros) e ficar com 60% da empresa. Esta será a proposta elaborada pelo fundo em conjunto com a Boston Consulting e com a francesa Lazard.

O fundo "abutre", que apostou na queda do BES e da PT, estará assim a trabalhar numa proposta que deixará nas mãos dos actuais accionistas 20% da Oi (uma posição inferior à detida actualmente só pela Pharol) e os restantes 20% ficarão com credores internacionais, de acordo com a Globo que cita uma fonte próxima do processo, que não quis ser identificada.

Esta não é a primeira vez que o fundo Elliott surge associado à Oi. Já em Março foi noticiado que este fundo e a Cerberus estariam interessados na Oi. E a ideia de injectar cerca de 10 mil milhões de reais na operadora brasileira já foi noticiada em Outubro. Contudo as negociações acabaram por não ter sucesso.

Tal como o Cerberus, o Elliot é conhecido no mercado como fundo "abutre", por ‘atacar’ dívida de países ou empresas em dificuldades.

Aliás, Paul Singer criou a sua actual fortuna comprando dívida "problemática" para depois a vender ou, em casos de falência ou reestruturação, exigir em tribunal o que lhe é devido. Em 2011, o fundo apostou na queda do BES e em 2014 na descida das acções da Portugal Telecom, pouco tempo antes de ser conhecido o investimento em papel comercial da Rioforte.

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