Tensões inflacionistas e subida dos juros soberanos pressionam Wall Street
As principais bolsas norte-americanas encerraram em terreno negativo, pressionadas sobretudo pela subida dos juros da dívida dos EUA a 10 anos, depois de os dados sobre as vendas a retalho no país terem intensificado os receios em torno da inflação – o que pode levar a Fed a acelerar o ritmo de subida dos juros.
O Dow Jones encerrou a recuar 0,77% para 24.706,628 pontos, ao passo que o Standard & Poor’s 500 desvalorizou 0,68% para 2.711,45 pontos.
Por seu lado, o Nasdaq Composite terminou o dia a ceder 0,81%, a valer 7.351,63 pontos.
A subida dos juros da dívida soberana dos EUA na maturidade a 10 anos, para perto de máximos de quase sete anos, em torno dos 3%, pressionou as bolsas do outro lado do Atlântico, isto depois de as sólidas vendas a retalho terem suscitado novos receios de aceleração da inflação – o que, a acontecer, poderá levar a Reserva Federal norte-americana a subir os juros mais do que as três vezes esperadas este ano.
Este aumento dos juros das obrigações soberanas leva os investidores a continuarem a reduzir a exposição ao mercado accionista devido aos receios com custos de financiamento mais elevados para as empresas.
Além disso, a subida dos juros garante uma rendibilidade mais atractiva para os investidores, muitos deles desviando as suas aplicações para o mercado obrigacionista.
Por outro lado, os investidores continuam preocupados com as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, o que também tem convidado a uma maior prudência nas bolsas.
As perdas generalizaram-se nos principais sectores representados no S&P 500, com as 11 categorias em território negativo.
As acções da Home Depot cederam terreno depois de as suas vendas terem ficado aquém do esperado pelo consenso do mercado. As receitas desiludiram sobretudo devido ao facto de o longo Inverno ter penalizado a procura de produtos primaveris.
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