Tom conciliador da China e elogios de Trump sustentam Wall Street
As bolsas norte-americanas encerraram em alta, impulsionadas pelas declarações do presidente chinês, Xi Jinping, que hoje prometeu abrir mais a economia do país e reduzir as tarifas à importação de produtos como automóveis, num discurso conciliador que ajudou a aliviar os receios de uma guerra comercial com os Estados Unidos.
O Dow Jones encerrou a sessão desta terça-feira somar 1,79% para 24.407,86 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,67% para 2.656,86 pontos.
Por seu turno, o Nasdaq Composite fechou a subir 2,07% para 7.094,30 pontos.
O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu uma maior abertura da economia do país aos investidores estrangeiros e uma redução das tarifas à entrada de produtos-chave, como os automóveis, num discurso conciliador que ajudou a aliviar os receios em torno das fricções comerciais entre Washington e Pequim.
Donald Trump aclamou as "simpáticas palavras [de Jinping] sobre as tarifas e as barreiras aduaneiras aos automóveis", o que deu ainda mais ânimo aos investidores, que começam a ver uma luz ao fundo do túnel no que respeita a estas tensões comerciais.
O sector tecnológico foi dos que mais impulsionou as bolsas norte-americanas na sessão de hoje, depois de ter estado particularmente exposto ao impacto negativo das tensas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Ainda nesse sector, o mercado está atento ao co-fundador e CEO do Facebook, que hoje marca presença numa audição do Senado sobre protecção da privacidade dos utilizadores da rede social. Isto depois de Mark Zuckerberg ter admitido que a empresa de consultoria política Cambridge Analytica poderá ter feito um uso impróprio dos dados de 87 milhões de utilizadores do Facebook.
O líder da rede social vai admitir os erros, pedir desculpa e assumir que não teve visão da sua responsabilidade. E vai garantir que, "enquanto liderar" a rede social, a sua prioridade será ajudar a manter as pessoas conectadas, de acordo com o documento publicado no site da Câmara dos Representantes e que apresenta o esboço do seu discurso.
Amanhã, Zuckerberg testemunhará, sobre o mesmo tema, perante uma comissão da Câmara dos Representantes.
As acções do Facebook reagiram bem à expectativa do pedido de desculpas de Zuckerberg e ao anúncio de que a empresa vai lançar um programa de recompensas para delatores de violação de privacidade. A tecnológica californiana encerrou a somar 4,50% para 165,04 dólares.
As cotadas do sector energético também deram gás a Wall Street, num dia em que o petróleo tem estado também a ser beneficiado pela diminuição das tensões comerciais, com os crudes de referência dos EUA e da Europa a dispararem perto de 4%.
Os investidores começam também a focar as suas atenções na época de divulgação dos resultados do primeiro trimestre das grandes cotadas norte-americanas, que arranca esta semana. Os primeiros a apresentar as suas contas serão os bancos, com destaque para JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo.
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