Wall Street marca novos recordes à espera de bons dados do emprego
As bolsas norte-americanas fecharam em alta, com os principais índices a estabelecerem recordes de fecho. O Nasdaq e o S&P 500 chegaram mesmo a marcar novos máximos históricos.
O optimismo quanto ao bom andamento da economia dos Estados Unidos esteve esta quinta-feira a dar um forte impulso à negociação bolsista, com os mercados do outro lado do Atlântico a ignorarem em grande medida a saída do país do Acordo de Paris sobre o Clima.
O Dow Jones encerrou a somar 0,64% para 21.142,81 pontos, valor nunca antes atingido num fecho de sessão. O seu máximo de sempre está nos 21.169,11 pontos e foi atingido a 1 de Março.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avançou 0,76% para 2.430,06 pontos, o que constituiu um novo recorde de fecho e, em simultâneo, um novo máximo de sempre.
O tecnológico Nasdaq Composite acompanhou a tendência, terminando a subir 0,78% para 6.246,82 pontos, naquele que foi o patamar mais alto de sempre num fecho de sessão. Na negociação intradiária chegou mesmo a marcar um máximo histórico, nos 4.574,25 pontos.
O sector com melhor desempenho esta quinta-feira foi o da banca, com os maiores ganhos de quase duas semanas, animado pela nova vaga de dados que apontam para que a economia norte-americana esteja de pé firme na via do crescimento sustentado.
Na sessão de quarta-feira, tinha sido a banca o o sector que mais pressionou a negociação do outro lado do Atlântico, depois de ter sido anunciada uma redução das receitas do JPMorgan Chase decorrentes da actividade de trading. O JPMorgan disse que as suas receitas de trading diminuíram 15%, até agora, no segundo trimestre, o que fez com que o sector financeiro negociasse maioritariamente em terreno negativo.
A ADP - empresa de serviços especializada em gestão de recursos humanos - divulgou esta quinta-feira o seu relatório de Maio, relativo à criação de emprego no sector privado nos EUA, tendo indicado que foram criados 253 mil novos postos de trabalho, um número que largamente superior à estimativa média dos economistas consultados pela Reuters – que apontava para 185 mil contratações.
Os investidores aguardam agora pelos dados totais do emprego nos EUA, que serão apresentados sexta-feira, principalmente no segmento dos salários, uma peça essencial para aferir se a Reserva Federal dos EUA irá, como esperado, subir novamente os juros em Junho.
Espera-se que os patrões norte-americanos tenham contratado mais 180.000 pessoas em Maio, o que será consistente com um ritmo mensal de novos empregos que se tem observado desde o início de 2016.
Ainda nos Estados Unidos, serão também divulgados amanhã os números relativos à balança comercial de Abril.
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