Wall Street volta a recordes com retoma do petróleo e aumento dos empregos nos EUA
Os mercados accionistas norte-americanos encerraram em alta, com o S&P 500 e o Nasdaq a marcarem recordes de fecho e o Dow Jones de novo acima dos 21.000 pontos. A recuperação dos preços do crude e as boas notícias do mercado laboral dos EUA deram o mote à tendência.
O Dow Jones fechou a última sessão da semana a somar 0,26% para se estabelecer nos 21.006,94 pontos. Depois de uma abertura a recuar ligeiramente, o índice ganhou balanço e regressou ao verde.
O Standard & Poor’s 500, por seu lado, quebrou o jejum dos 0,20%. Há sete sessões consecutivas que o índice não fechava a subir ou descer mais de 0,20%, à conta do clima de prudência que tem imperado no mercado. Mas hoje ganhou força e encerrou a ganhar 0,41% para 2.399,28 pontos, naquele que é o seu novo recorde de fecho. O máximo de todos os tempos foi marcado na sessão do passado dia 1 de Março, nos 2.400,98 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite terminou a valorizar 0,42% para 6.100,75, estabelecendo assim um novo recorde de fecho. Durante a sessão de ontem, fixou um novo máximo histórico nos 6.102,72 pontos.
A impulsionar este movimento de subida generalizada estiveram os bons dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. A economia norte-americana criou 211 mil postos de trabalho no mês de Abril, superando as estimativas dos economistas, que apontavam para 190 mil empregos, bem como o registado em Março (79 mil).
Estes números levaram a taxa de desemprego a recuar duas décimas, para 4,4%, o que corresponde ao nível mais baixo desde Maio de 2007.
Nas últimas sessões, o mau desempenho do cobre e do petróleo pesaram negativamente em Wall Street, mas hoje a tendência finalmente inverteu de forma evidente. O facto de o preço do crude ter valorizado perto de 2% nos mercados nova-iorquino e londrino ajudou ao sentimento positivo que se viveu do outro lado do Atlântico.
A contribuir para o entusiasmo do mercado esteve igualmente o facto de a proposta de financiamento federal ter sido aprovada pelo Congresso, tendo o presidente Donald Trump assinado a lei orçamental esta sexta-feira.
Os investidores aguardam agora pela segunda volta das eleições presidenciais em França no próximo domingo, 7 de Maio. As projecções apontam para que o centrista Emmanuel Macron vença a candidata de extrema-direita, Marine Le Pen.
Os intervenientes do mercado estão também na expectativa da reunião anual de investidores da Berkshire Hathaway, liderada por Warren Buffett, que tem lugar amanhã em Omaha (Nebraska). Buffett já disse que planeia aceitar cerca de 40 perguntas por parte dos investidores, num evento que vai ser transmitido em directo.
Mais lidas