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Deutsche Bank recomenda "comprar" o "diamante em bruto" BCP

A recomendação de "comprar" que o Deutsche Bank lançou ao BCP vem com um preço-alvo de 33 cêntimos. As acções estão a cotar nos 22,78 cêntimos. Os problemas de capital estão resolvidos, falta caminhar para o lucro.

Inês Lourenço
09 de Junho de 2017 às 13:31

O Deutsche Bank recomenda "comprar" as acções do Banco Comercial Português, antecipando que os problemas de capital estão já praticamente resolvidos. Os menores custos de financiamento dão uma ajuda à consideração.

Numa nota assinada pelos analistas Ignacio Ulargui e Atul Hanamante, o Deutsche Bank estabelece um preço-alvo de 33 cêntimos para o banco presidido por Nuno Amado (na foto). O potencial de valorização é de 45%, tendo em conta que as acções estão a cotar hoje nos 22,78 cêntimos, com uma valorização de 1,47% em relação ao fecho de ontem.

São quatro os motores que justificam a avaliação feita pelo Deutsche Bank, que considera o BCP um "diamante em bruto". Na nota intitulada "Capital resolvido; próxima paragem rentabilidade", o primeiro ponto referido pelos analistas é o "crescimento da margem financeira", que se deve sobretudo à descida dos custos de financiamento. Para os especialistas, há uma tendência de fortalecimento da margem (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) da instituição financeira. 

A este elemento, segue-se também a percepção de que a subida das taxas de juro pode vir a acontecer, dando força à margem. Neste campo, a instituição financeira vê o BCP "com um dos balanços mais sensíveis à evolução das taxas de juro na Europa". Havendo uma subida das taxas, actualmente em mínimos históricos, o banco português será um dos que mais beneficia com isso.

A melhoria da qualidade de crédito, justificada por menores entradas em crédito malparado, é o terceiro elemento de consideração dos especialistas da unidade de investimento do banco alemão, com o BCP a caminhar para um modelo com menor risco.

A este aspecto o Deutsche Bank acrescenta ainda o facto de os rácios de capital, o grande tema de preocupação até aqui, estarem "num nível confortável", depois do aumento de capital feito este ano, através do qual a Fosun se tornou a maior accionista do BCP. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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