Nos afunda para menos de 5 euros após corte do Barclays
As acções da operadora estão a afundar 7,5% depois de o Barclays ter cortado o preço-alvo para os títulos em 5% para 6,10 euros.
A Nos está a acentuar a descida na bolsa de Lisboa, depois de o Barclays ter cortado o preço-alvo para as acções em 5% esta segunda-feira, 6 de Março.
Os títulos da operadora liderada por Miguel Almeida afundam 7,44% para 4,965 euros, o valor mais baixo desde 6 de Janeiro de 2015. Na terceira sessão consecutiva de perdas, já trocaram de mãos mais de 2,2 milhões de acções da Nos, quase quatro vezes a média diária dos últimos seis meses, que não vai além de 623 mil.
Numa nota divulgada esta manhã, o Barclays anunciou uma redução do preço-alvo para as acções de 6,40 euros para 6,10 euros, o que tem implícito um potencial de valorização de 22,8%.
Este corte na avaliação segue-se a uma descida das estimativas para o free cash flow em 10 a 30 milhões de euros para 2017/2018. As previsões para as receitas e para o EBITDA "ficam inalteradas" após a divulgação dos resultados do quarto trimestre.
Já esta segunda-feira a casa de investimento Berenberg havia cortado a recomendação para as acções de "comprar" para "manter", segundo a Bloomberg.
As revisões, por parte das casas de investimento, acontecem depois de a Nos ter divulgado, no passado dia 2 de Março, que atingiu um resultado líquido de 90,4 milhões de euros em 2016, um valor que representa um crescimento de 9,3% face ao ano anterior.
O resultado alcançado foi impulsionado pelo crescimento consolidado em todas as linhas de negócio, com a Nos a registar receitas totais de exploração de 1,5 mil milhões de euros, mais 4,9% face a 2015.
As receitas de telecomunicações, que representam praticamente o total dos proveitos, cresceram 5,1% para 1,4 mil milhões de euros, devido ao crescimento dos serviços, "que atingiram um valor recorde superior a 9 milhões", explica a Nos em comunicado enviado à CMVM.
Ao longo de 2016 a Nos captou 611,9 mil novas adições líquidas em todos os serviços prestados. A maioria das novas subscrições (332,6 mil) foram direccionadas para a oferta móvel que, segundo a operadora, registou "novo recorde" ao atingir 4,4 milhões de clientes.
No segmento de televisão paga, somou 56,8 mil novas adições (+3,7%) tendo fechado o ano com 1,6 milhões de clientes, o que traduz uma quota de mercado, segundo os últimos dados do regulador, de 43,5%.
No campo operacional, o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) situou-se em 556,7 milhões de euros, um crescimento de 4,4%. Pelo contrário, a margem EBITDA recuou 2 pontos percentuais para 36,7%.
No campo operacional, o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) situou-se em 556,7 milhões de euros, um crescimento de 4,4%. Pelo contrário, a margem EBITDA recuou 2 pontos percentuais para 36,7%.
No final de 2016 a dívida líquida da operadora era de 1,1 mil milhões de euros, ou seja, duas vezes o EBITDA, um rácio que segundo a Nos é "conservador face às congéneres do sector".
Também nesse dia, o conselho de administração da Nos aprovou uma proposta de um dividendo ordinário de 20 cêntimos por acção, relativo aos resultados de 2016, representando um rácio de payout de 114%, anunciou a operadora no seu relatório e contas. A 3 de Março, durante a conferência de apresentação dos resultados relativos ao ano passado, Miguel Almeida apontou que a operadora terminou 2016 com uma quota de pelo menos 30%, antecipando assim os objectivos que a empresa tinha traçado, após a fusão, para 2018. O plano de negócios da Nos apresentado em 2014, após a fusão entre a Optimus e a Zon, previa que a operadora alcançasse uma quota de 30% até 2018. Ainda durante a conferência de imprensa, o líder da operador garantiu que a compra de activos de media não faz parte dos planos da empresa, "pelo menos de forma proactiva". "Sobre este tema, recordo que a nossa política sempre foi clara e é visível", disse Miguel Almeida, referindo-se à compra de conteúdos desportivos e ao respectivo acordo de partilha dos direitos entre todas as operadoras.
Também nesse dia, o conselho de administração da Nos aprovou uma proposta de um dividendo ordinário de 20 cêntimos por acção, relativo aos resultados de 2016, representando um rácio de payout de 114%, anunciou a operadora no seu relatório e contas.
O plano de negócios da Nos apresentado em 2014, após a fusão entre a Optimus e a Zon, previa que a operadora alcançasse uma quota de 30% até 2018.
"No que toca a conteúdos de media, que tenham uma componente relevante de notícias, temos a mesmo política relativa aos conteúdos desportivos: devem ser universais", sustentou. E confessou que "enquanto empresa do sector e cidadão considera que é não é um caminho positivo para a sociedade". Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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