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Dólar a caminho de segunda melhor semana de 2017

A divisa norte-americana está a negociar em máximos de 26 de Julho, o que está a contribuir para que o dólar esteja a caminho do que pode ser a melhor semana desde Fevereiro deste ano. A justificar esta subida está o reforço da expectativa de que a Fed aumente os juros ainda em 2017.

Dólar
Dólar Scott Eells/Bloomberg
16 de Agosto de 2017 às 16:01

Depois das três sessões seguidas a desvalorizar que fecharam a última semana, o dólar está esta quarta-feira, 16 de Agosto, a valorizar pelo terceiro dia consecutivo.

 

O índice da Bloomberg que mede o comportamento do dólar face às principais divisas mundiais coloca a moeda norte-americana no valor mais alto desde 26 de Julho último.

 

Já o euro negoceia em mínimos de 28 de Julho relativamente ao dólar, estando assim a recuar pelo terceiro dia contra a divisa americana.

 

A apreciação do dólar nos mercados cambiais verificada entre segunda-feira e hoje coloca a moeda a caminho da segunda melhor semana desde meados de 2017. O dólar acumula uma valorização de cerca de 1% na semana em curso, anulando por completo a queda da semana passada.

 

O que está, em grande medida, a justificar a subida do dólar é a crescente expectativa de que a Reserva Federal aumente novamente os juros até ao final de 2017, o que a confirmar-se representará a terceira subida dos custos do dinheiro decretada neste ano pela Fed.

 

Os mercados aguardam com expectativa a divulgação das minutas da Fed relativas ao encontro do banco central que decorreu no mês passado e em que a autoridade monetária manteve os juros inalterados e anunciou para breve a normalização do seu balanço.

 

O momento favorável vivido pela economia norte-americana levou esta terça-feira o presidente da Fed de Nova Iorque, William Dudley, a afirmar que os dados positivos sobre as vendas a retalho deverão implicar um novo aumento dos juros até ao final de 2017.

 

Também a apoiar a valorização do dólar estão o recente desanuviar da tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, em especial depois de o líder norte-coreano, Kim Jon-un, ter anunciado que está em suspenso o plano de ataque à ilha americana de Guam.

 

Por outro lado, a justificar a descida do euro, que negoceia em terreno negativo pela terceira sessão seguida - o que acaba por reforçar a tendência de valorização do dólar -, estão as notícias em torno do discurso que o italiano Mario Draghi irá proferir no encontro anual de Jackson Hole, agendado para o final do presente mês.

 

A agência Reuters noticiou que Draghi não fará qualquer referência à política monetária do BCE nem ao programa de compra de activo em vigor, o que atira por terra quaisquer especulações acerca da possibilidade de o italiano poder dar pistas sobre como irá o banco central normalizar as políticas monetárias no âmbito da Zona Euro.

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